Nem todo comportamento desafiador ou inapropriado é TOD. Existem critérios diagnósticos específicos. De acordo com o DSM5 o TOD é um dos transtornos disruptivos, do controle de impulsos e da conduta.
Indivíduos com transtorno de oposição desafiante podem resistir a tarefas profissionais ou escolares que exijam autodeterminação porque resistem a se conformar às exigências dos outros. Seu comportamento caracteriza-se por negatividade, hostilidade e desafio.
Tais sintomas devem ser diferenciados de aversão à escola ou a tarefas de alta exigência mental causadas por dificuldade em manter um esforço mental prolongado, esquecimento de orientações e impulsividade que caracteriza os indivíduos com Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH).
Embora os sintomas do transtorno de oposição desafiante ocorram com frequência em crianças com transtorno disruptivo da desregulação do humor, os sintomas do humor do transtorno disruptivo da desregulação do humor são relativamente raros em crianças com transtorno de oposição desafiante.
O diagnóstico em geral é feito por neurologista que utiliza os critérios diagnósticos do DSM-V:
Gravidade do TOD
Em relação à gravidade atual do TOD, o TOD pode ser classificado em:
Leve: Os sintomas limitam-se a apenas um ambiente (p. ex., em casa, na escola, no trabalho, com os colegas).
Moderado: Alguns sintomas estão presentes em pelo menos dois ambientes.
Grave: Alguns sintomas estão presentes em três ou mais ambientes.
Prevalência do TOD
A prevalência do transtorno de oposição desafiante varia de 1 a 11%, com uma prevalência média estimada de 3,3%. A taxa da transtorno pode variar de acordo com a idade e o gênero da criança. Aparentemente, é mais prevalente em indivíduos do sexo masculino do que em indivíduos do sexo feminino (1,4:1) antes da adolescência. Essa predominância do sexo masculino não é encontrada de forma consistente em amostras de adolescentes ou de adultos.
Fatores de risco para TOD
Temperamentais: problemas de regulação emocional (p. ex., níveis elevados de reatividade emocional, baixa tolerância a frustrações) são preditivos do transtorno.
Ambientais: práticas agressivas, inconsistentes ou negligentes de criação dos filhos são comuns em famílias de crianças e adolescentes com transtorno de oposição desafiante, sendo que essas práticas parentais desempenham papel importante em muitas teorias causais do transtorno. Tabagismo na geração, conflitos familiares frequentes, paternidade severa ou inconsistente, exposição a violência familiar.
Genéticos e fisiológicos: marcadores neurobiológicos (p. ex., menor reatividade da frequência cardíaca e da condutância da pele; reatividade do cortisol basal reduzida; anormalidades no córtex pré-frontal e na amígdala) foi associada ao transtorno de oposição desafiante. É comum histórico familiar de TOD.
Tratamento do TOD
Medicação indicada por neurologista ou psiquiatra tanto para o TOD, quanto para comorbidades como o TDAH, outros transtornos de conduta ou depressão
Treinamento parental para interação eficaz com a criança
Psicoterapia
Esportes
Suplementação para modulação de neurotransmissores
Neurobiologia do TOD
Estudo publicado em 2012 mostrou que indivíduos com TOD possuem menor sensibilidade a punição, menor sensibilidade a estímulos de recompensa, menor controle das vias “top-down” das funções executivas (Matthys, Vanderschuren, Schutter, 2012).
Uma das causas pode ser a menor funcionamento da área do cérebro chamada amígdala (Passamonti et al., 2012). Falo muito mais sobre a neurobiologia, a neuroqu´ímica e a suplementação para regulação de neurotransmissores no TOD na plataforma https://t21.video/