Nosssa flora intestinal, cujo nome científico é microbiota intestinal, impacta nossa saúde de diversas formas. Alterações negativas na qualidade e quantidade de bactérias que moram em nosso intestino, principalmente grosso, geram uma situação conhecida como disbiose. A mesma pode reduzir a longevidade por 6 mecanismos principais:
1) o aumento da permeabilidade intestinal gera endotoxemia (LPS bacteriano), comprometendo a atividade mitocondrial (produção de sirtuínas, glutationa,...) e gerando um quadro de estresse oxidativo;
2) o aumento de lipopolisscacarídeos (LPS) plasmáticos está associado com diminuição do tamanho dos telômeros, componentes protetores do material genético;
3) um quadro de disbiose modifica a produção de ácidos graxos de cadeia curta (AGCC), com redução da estimulação de receptores no sistema nervoso central (Farmesóide X), levando a comprometimento de atividades cognitivas e plasticidade neuronal;
4) menor estimulação do sistema imune pela redução da diversidade microbiana;
5) a disbiose aumenta risco de glicação e resistência periférica à insulina por ligações inespecíficas da glicose em células e tecidos importantes, incluindo vasos sanguíneos, nervos e tecidos cerebrais;
6) a disbiose intestinal está associada às doenças neurodegenerativas, inclusive doença de Alzheimer.