O transtorno bipolar é uma doença neuropsiquiátrica séria. O transtorno pode estar associado à depressão, episódios maníacos (pode ser por compras, sexo, comida), insônia, enxaqueca, alucinações ou delírios. As causas incluem fatores genéticos (polimorfismos dos genes CACNA1C, ODZ4 e NCAN), biológicos (mudanças no cérebro), desequilíbrios na produção de neurotransmissoes, fatores ambientais (abuso, estresse pós-traumático, infecções, tabagismo na gestação).
O tratamento adequado envolve a combinação de medicação, psicoterapia e alimentação adequada que permita a produção de neurotransmissores. Vários suplementos são estudados para ajudar na produção de neurotransmissores. Falei sobre o tema neste post. Estuda-se também o papel da microbiota no cérebro. Quando o intestino não está bem o risco de uma série de doenças parece aumentar, inclusive de doenças neuropsiquiátricas, como o transtorno bipolar.
A variedade de doenças e processos de doenças nos quais a microbiota está envolvida, incluindo transtornos psiquiátricos e neurodegenerativos, dor, ansiedade, estresse, síndrome do intestino irritável (SII), derrame, compulsão e obesidade (Cryan et al., 2019)
Pacientes que utilizam antibióticos parecem duas vezes mais suscetíveis a transtornos maníacos. Por isso, o uso de probióticos para repor a microbiota após tratamento com medicamentos são fundamentais. Com o uso de probióticos há queda de Firmicutes, especificamente Faecalibacterium, em pacientes com transtorno bipolar, o que também se correlaciona com a gravidade dos sintomas. Assim, o uso de psicobióticos parece uma avenida de intervenção nestes pacientes.
Psicobióticos na modulação do eixo intestino-cérebro (Dziedzic et al., 2024)
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