Define-se hipogonadismo como a deficiência de testosterona associada a sintomas ou sinais, a deficiência de produção de espermatozoides, ou ambas. Pode resultar de uma doença dos testículos (hipogonadismo primário) ou do eixo hipotalâmico-hipofisário (hipogonadismo secundário). Ambos podem ser congênitos ou adquiridos como resultado de envelhecimento, doença, fármacos, ou outros fatores.
Já o hipogonadismo metabólico é aquele decorrente do excesso de peso ou obesidade. Também pode decorrer da redução da globulina transportadora de testosterona, muito associado à contaminação por derivados plásticos como bisfenol e ftalato. Ou seja, nada de tomar cafezinho no copo de plástico. Outra causa é a aromatização, ou seja a transformação de testosterona em estrogênio (hormônio sexual feminino). Isto é muito comum em homens que ingerem muito álcool e que estão muito inflamados ou estressados. Quanto mais inflamado, maior é a queda de LH (hormônio luteinizante), importante para a produção de testosterona.
A dieta cetogênica ajuda a corrigir o hipogonadismo metabólico (La Vignera et al., 2020). Nos demais tipos de hipogonadismo o tratamento dependerá da causa e, geralmente, envolve o uso de hormônio testosterona. Três meses de dieta com pouco carboidrato (<30g/dia) ajudam a restaurar os níveis hormonais (testosterona e insulina também).
Depois deste período o carboidrato pode ser aumentado, mas a dieta idealmente deve manter-se com mais gordura e proteína e ser bem limpinha (sem alimentos ultraprocessados, empacotados, pouco álcool).