O transtorno do espectro autista (TEA) é frequentemente associado a comorbidades gastrointestinais e estudos recentes mostraram mudanças na microbiota intestinal de crianças autistas, incluindo mudanças nos níveis dos filos Bacteroidetes e Firmicutes com a abundância de Clostridium, estabelecendo uma forte ligação entre a microbiota intestinal e TEA. A pesquisa também relata um aumento na diversidade da microbiota associada ao autismo em crianças com a abundância de Bacteroidetes associada a casos graves de autismo.
MUDANÇAS NA MICROBIOTA SÃO INFLUENCIADAS POR MUITOS FATORES
Vários fatores exercem influência sobre a microbiota, desde o tipo de parto, uso de medicações, nível de estresse, variações genéticas, infecções. Um dos fatores de risco para o autismo, o uso durante a gestação do estabilizador de humor valproato, coincidentemente gera alterações na composição da microbiota materna e, subsequentemente, do bebê.
Outro fator de risco para o autismo, a obesidade materna, também está associada a alterações na microbiota intestinal. Desta forma, cuidar do ambiente, fazer o preparo adequado para a gestação e manter o intestino saudável são aspectos importantes quando pensamos nos transtornos do neurodesenvolvimento.