ESTRESSE E ENVELHECIMENTO PRECOCE

O estresse faz parte da vida. Ele por si só não é ruim, mobiliza nossas energias para conseguirmos evoluir e crescer. Contudo, o estresse crônico está associado a problemas de saúde. Pode afetar os sistemas respiratório, digestivo, cardiovascular, músculo-esquelético, nervoso, reprodutivo e endócrino. O ano de pandemia exacerbou tudo. Muitas pessoas caíram em depressão e estão queixando-se de falta de energia e motivação. Sofre a saúde física, mental, espiritual, os relacionamentos, a vida profissional e social. Mas podemos aprender a lidar com o estresse e isto é fundamental.

No livro “O segredo está nos telômeros”, a Dra. Elizabeth Blackburn, vencedora do prêmio nobel de medicina destaca que o estresse excessivo afeta nosso DNA e nos faz envelhecer mais rápido. A pesquisadora acompanhou mães de crianças com doenças graves e percebeu que aquelas que não lidavam bem com o estresse eram as mais afetadas. Fiz um resumo deste livro neste vídeo:

Você pode aprender a lidar com o estresse e a proteger sua saúde

1) Adote práticas diárias, rotinas que organizem sua vida e que o mantenha saudável. Durma cedo para acordar com energia, raspe a língua, escove os dentes, faça uma automassagem, pratique yoga ou meditação. Não cabe tudo isso em sua rotina. Pelo menos raspe a língua antes de escovar os dentes. Este hábito reduzirá a quantidade de fungos em seu organismo e fungos podem piorar sua microbiota e seu humor.

2) Pratique a gratidão - Muitas pesquisas mostram os benefícios de olharmos o mundo com mais positividade. A prática ajuda a reduzir o estresse, a ansiedade e os sintomas de depressão. Está tudo difícil? Tente por 12 semanas anotar antes de dormir algo de bom que aconteceu. Você olhou para o céu? Você está respirando? Você teve comida no prato? Água quente no chuveiro. Comece pelo simples, pelo básico. Estudos mostram que a prática por 3 meses melhora muito nossa saúde mental. Leia este artigo também.

3) Encontre motivos para rir - O humor reduz o estresse, os níveis de dor e auxiliam na cura. Enquanto rimos treinamos o coração, os pulmões, relaxamos músculos. Procure amigos com quem você possa rir. Ria com sua família. Aprenda com as crianças. Procure filmes ou jogos engraçados que o façam rir. Procure o humor mesmo em situações difíceis.

4) Respire profundamente - estudos mostram que 8 semanas de respiração profunda ajudam a reduzir os níveis de cortisol, hormônio do estresse. Pratique respiração profunda quando se sentir estressado para acalmar o corpo e a mente.

5) Alimente-se bem - pessoas que consomem farinhas e açúcar demais apresentam níveis perigosos de açúcar no sangue e prejudicam a saúde do cérebro. Consuma mais fibras, proteínas e gorduras boas, dentro de uma dieta antiinflamatória. Sementes e vegetais verde escuros são fontes de magnésio, associados a diminuição de sintomas depressivos.

6) Movimente-se regularmente - o exercício contribui para a redução da depressão, aumenta a resiliência emocional ao estresse e melhora a autoestima. Comece o dia com um pequeno alongamento ou rotina de yoga, caminhe com o cachorro ou brinque com os filhos. Tudo conta como movimento. Leia sobre os efeitos da meditação e do yoga na sua saúde.

7) Priorize uma boa noite de sono - Pessoas que dormem pouco envelhecem mais rápido. Desenvolva uma rotina de hora de dormir que relaxe e acalme você. Coma no máximo 3 horas antes de dormir e troque o celular por atividades relaxantes como meditação, yoga, alongamento, leitura, registro em diário ou prática da gratidão.

8) Cuide do seu intestino - O estresse excessivo modifica a microbiota e a modificação da microbiota modifica o cérebro. Tratar o intestino é importante.

Profissionais de saúde, incentivem o autocuidado de seus pacientes

As Práticas Integrativas e Complementares em Saúde (PICs) incentivam o autocuidado diário como estratégia para prevenção e tratamento de doenças. Pessoas que desenvolvem uma rotina diária de cuidados possuem maiores comprimentos de telômeros, sentem-se melhor e com mais vitalidade. Neste vídeo a Dra. Daniela Rosa, médica do SUS fala sobre as PICs:

Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/