A vida de uma pessoa com transtorno bipolar pode ser caótica. Ora a pessoa está muito feliz, ora está triste ou irritada. A vida familiar também pode tornar-se desafiadora pelas imprevisibilidades de humor, energia e comportamento de quem sofre de transtorno bipolar. Estima-se que as perturbações bipolares atinjam 1 a 4% da população e o diagnóstico é, muitas vezes, tardio. Não existe um exame de sangue capaz de contribuir para este diagnóstico e as queixas podem confundir-se com as de outros transtornos.
Por exemplo, tanto o transtorno bipolar quanto o transtorno de déficit de atenção e hiperatividade (TDAH) podem cursar com impulsividade, agitação e desatenção e o diagnóstico inadequado pode prejudicar o tratamento. Na minha prática de nutrição tenho observado que pacientes com transtorno bipolar muitas vezes possuem também de forma associada transtorno de imagem corporal, uma grande insatisfação com o corpo em termos de tamanho, forma ou aparência. Esta insatisfação gera muitas vezes a restrição alimentar, seguida de compulsão nos períodos maníacos. O vai e vem contribui para a baixa autoestima e um estado nutricional muitas vezes comprometido.
O transtorno bipolar pode ser classificado em dois tipos principais, o bipolar I (TB I) eo II (TB II), que exibem diferentes estilos de funcionamento. O TB II está associado a aumento dos episódios depressivos, agitação psicomotora mais óbvia, mais ansiedade e maior associação com outros transtornos, inclusive o de imagem corporal. Psicólogos usam escalas de avaliação da imagem corporal, como esta para identificação de preocupações excessivas nesta área (He et al., 2017).
Todos nós nos preocupamos com a imagem (ou quase todos) mas o excesso aumenta a ansiedade, o risco de depressão, o risco de transtornos alimentares. Pacientes com TB II estão em maior risco mas aqueles diagnosticados com TBI também podem sofrer com transtorno de imagem, assim como pessoas neurotípicas.
O tratamento envolve o uso de medicamentos, suplementos, psicoterapia, meditação e dieta cetogênica: