Espondilite anquilosante é uma doença sistêmica autoimune caracterizada por inflamação do esqueleto axial, das grandes, médias e pequenas articulações, dor lombar (principalmente à noite), rigidez na coluna lombar, desvio acentuado da coluna (cifose). Para o diagnóstico verifica-se a inflamação das articulações, por meio de exames de imagem (radiografia ou ressonância magnética) e exames de sangue (velocidade de hemossedimentação, proteína C reativa, HLA-B27 e hemograma completo).
A doença é 3 vezes mais frequente nos homens e geralmente tem início entre os 20 e 40 anos de idade, com aumento da dor lombar ou nas articulações. Pode ocorrer também aumento da fadiga, redução do peso, anorexia e anemia. O tratamento da fase aguda envolve o uso de antiinflamatórios, antagonistas de IL-17 e fisioterapia para manutenção da flexibilidade e redução da dor. Porém, o paciente não deve contentar-se com a dor contínua nem com o uso de medicamentos, devendo implementar modificações de estilo de vida que proporcionem longevidade com vitalidade e bem-estar. Condutas adequadas podem conduzir o paciente à remissão, com pouca ou nenhuma inflamação.
Os objetivos do tratamento da espondilite são o alívio da dor, a manutenção da amplitude de movimentos, a prevenção da lesão orgânica e de outras doenças autoimunes.
A dose diária de antiinflamatórios deve ser a mais baixa possível para evitar efeitos colaterais pelo uso crônico. Entre os efeitos adversos dos medicamentos estão dor abdominal, diarreia, úlceras, hemorragias hemorragias gastrointestinais e perfuração. Há também risco de trombose e aumento da pressão arterial, assim como infarto do miocárdio e derrame vascular cerebral (AVC ou derrame). Por isso, os AINEs devem ser utilizados apenas por pessoas com baixo risco cardiovascular, em doses baixas e no menor período de tempo possível para o alívio dos sintomas. Para melhoria da postura indica-se exercícios regulares, treinamento postural e yoga.
A dieta deve ser antiinflamatória, rica em gorduras mono e pollinsaturadas (especialmente ômega-3). Ervas, condimentos e chás antiinflamatórios devem entrar na dieta 5 vezes ao dia.
Vários suplementos podem ser úteis como curcumina, EGCG, resveratrol, própolis, magnésio etc, associados à dieta de baixo índice e carga glicêmicas.
A aromaterapia também é recomendada. Óleos essenciais antiinflamatórios como alecrim, copaíba, cravo, erva baleeira, gengibre e frankincense. Os mesmos podem ser utilizados em massagens, difundidos no ambiente.
Para relaxamento indica-se meditação, caminhadas na natureza, terapia, higiene do sono e óleo essencial de lavanda antes de dormir. Alguns chás como mulungu, camomila, melissa, jasmim e erva-cidreira também são ótimos para tomar no final da tarde e período noturno pois relaxam e também contém compostos fenólicos antiinflamatórios.