Este ano a Science publicou mais um estudo mostrando que a prática de atividade física regular aumenta a expressão genética para proteínas responsáveis pela sobrevivência de neurônios e pela plasticidade das sinapses. Com isso, a capacidade de aprendizado e memória melhoram (Horowitz et al., 2020).
Após o exercício várias enzimas são liberadas pelo fígado e migram para o cérebro melhorando a cognição. Dentre as enzimas avaliadas no plasma destacam-se: GPI e Gpld1. A capacidade de reverter ou retardar os efeitos do envelhecimento no cérebro por meio de intervenções sistêmicas, como exercícios, pode ajudar a mitigar a vulnerabilidade a doenças neurodegenerativas relacionadas à idade.
No estudo, estas enzimas foram transferidas entre camundongos. Assim, os que exercitavam-se menos (como os idosos) tiveram exercícios similares. Os identificam um eixo fígado-cérebro pelo qual os fatores circulantes do sangue conferem os efeitos benéficos do exercício na velhice. A neurogênese adulta em humanos é relatada no hipocampo humano até a nona década de vida, com o declínio relacionado à idade exacerbado nos pacientes com doença de Alzheimer.
No contexto das doenças neurodegenerativas relacionadas à demência, o exercício está correlacionado com risco reduzido de declínio cognitivo em idosos, melhora a cognição em populações de risco para doença de Alzheimer, estando associado a melhores resultados neurocomportamentais. O exercício também atenua os prejuízos na aprendizagem e na memória, aumentando a abundância de BDNF no hipocampo.