O Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) é um distúrbio neurobiológico caracterizado por sintomas persistentes de desatenção, impulsividade e hiperatividade. O papel da dieta no TDAH é um tópico muito controverso, mas é um campo de pesquisa que precisa ser levado mais a sério.
Existem ensaios clínicos aleatorizados relacionando o consumo de certos tipos de alimentos aos sintomas de TDAH. Por exemplo, o elevado consumo de bebidas açucaradas (como sucos de pozinho, sucos em embalagens tetra pak adoçados, refrigerantes), está associado com potencial desregulação hormonal, resistência à insulina, dislipidemia e obesidade. Existem também evidências de que a alta frequência de consumo de bebidas com açúcar esteja positivamente associada a problemas comportamentais em crianças (Geng et al., 2020).
Estas bebidas também pode conter corantes artificiais que podem afetar a atividade das ondas cerebrais e aumentar os sintomas relacionados ao TDAH (Kirkland et al., 2020). Mesmo com baixo efeito este fator não deve ser desconsiderado visto que pode exacerbar os sintomas de algumas pessoas. O corante tartrazina, por exemplo, foi proibido no Reino Unido por seus efeitos no comportamento.
O consumo de uma dieta antiinflamatória, rica em frutas, vegetais e grãos integrais, apresentaram efeito protetor contra a hiperatividade ou o TDAH (Del-Ponte et al., 2019). Ensaios clínicos apoiam u m pequeno efeito, mas bastante confiável, na redução dos sintomas do TDAH com o aumento do consumo de ômega-3. Não é o mesmo efeito do uso de medicamentos mas, dado o baixíssimo número de efeitos adversos do suplemento, é algo que podemos considerar, em conjunto com outras terapias.