A União Europeia define contaminante alimentar como uma substância que não foi adicionada intencionalmente ao alimento, mas que passa a ele em alguma etapa, seja durante produção, embalagem, transporte ou armazenamento.
Os contaminantes podem ser biológicos (bactérias, vírus, fungos, parasitas, insetos), contaminantes físicos (plástico, lã, metal, vidro) ou químico (arsênico, cádmio, mercúrio, pesticidas, erbicidas etc).
Um contaminante alimentar pode ser inofensivo (por exemplo, um pedaço de cenoura no saco de brócolis) ou pode causar prejuízos à saúde. Vejamos algumas formas como contaminantes entram em nosso organismo:
Molho, extrato ou polpa de tomate
Este é um alimento processado super comum na despensa de nossas casas. O problema é que pode ter sido contaminado por bisfenol A, resina utilizada no revestimento de latas e que atrapalha o funcionamento hormonal. Ou seja, funciona como um disruptor endócrino.
Muitas latas têm BPA no revestimento, mas a acidez dos produtos de tomate faz com que o produto químico entre com mais facilidade nos alimentos, o que significa maior exposição ao BPA para a pessoa que come os tomates enlatados. Níveis elevados de BPA no sangue podem aumentar o risco dos seguintes problemas de saúde:
redução na qualidade dos espermatozóides, por dano cromossômico;
aumento do risco de câncer de próstata e câncer de mama;
resistência à insulina ou Diabetes tipo 2;
obesidade;
doença cardíaca;
transtornos do neurodesenvolvimento
Solução: consumir menos alimentos enlatados ou comprar tomates e molhos em embalagens de vidro.
Carnes de animais alimentados com milho
A dieta natural de animais inclui gramíneas, verduras, leguminosas encontradas naturalmente na natureza. Vaca e peixe não comem milho naturalmente. Mas os métodos atuais de produção de carne utilizam comumente o confinamento de animais para que gastem menos energia e crescam mais rápido com dieta a base de milho ou ração contendo milho.
Quando os animais estão livres e comem os alimentos naturais de seu ambiente, ingerem muito mais antioxidantes e substâncias antiinflamatórias. Animais alimentos com grãos e rações industrializadas recebem níveis maiores de substâncias pró-inflamatórias, menos ômega-3, mais gorduras ruins, menos beta-caroteno (precursor da vitamina A), menos vitamina E. Possuem níveis mais baixos de enzimas antioxidantes como glutationa, superóxido dismutase, catalase. O ideal é consumir menos animais e adotar uma dieta antiinflamatória, baseada em plantas e pouco industrializada.
Os peixes criados em cativeiro, como muito do salmão sofre com o mesmo problema. O salmão é um peixe carnívoro que se alimenta naturalmente de krill e camarão, que conferem à carne a sua cor alaranjada. O salmão selvagem viaja longas distâncias para alimentação e desova, o que os torna mais magros. Já o salmão de cativeiro é mais gordo, possui menos ômega-3 (ácido graxo antiinflamatório), tornando-o menos benéfico à saúde. Cuidado também com a contaminação do peixe por mercúrio, metal neurotóxico.
Batatas não orgânicas
As batatas estão entre os vegetais mais consumidos. Contudo, herbicidas, pesticidas e fungicidas são largamente empregados nas culturas de batatas. Vegetais de raíz absorvem uma grande quantidade destes produtos químicos e seus resíduos, muitos dos quais são cancerígenos e neurotóxicos. Se você come batatas com muita frequência varie com outros alimentos ou compre de produtores orgânicos de sua região.
Leite produzido por vacas que fazem uso de hormônios artificiais
É muito comum que o gado receba hormônios como rBSTR, rBGH ou rBST, que fazem com que o animal amadureça mais rápido e as vacas produzam mais leite. Esse rápido crescimento geralmente leva a mais infecções e a um nível mais alto de fator de crescimento semelhante à insulina (IGF-1) no leite. Níveis mais altos de IGF-1 são observados no câncer de mama, próstata e cólon. O consumo de leite, em geral, aumenta levemente a atividade do IGF-1 no corpo. Portanto, prefira o consumo de leite orgânico.
Produtos não alimentícios
O octilfenol geralmente entra em nosso corpo ao utilizarmos produtos de limpeza, detergentes. Mas também podem ir parar nos rios, contaminando peixes e a água que beberemos. O problema destes compostos químicos todos é que se bioacumulam no corpo humano, dificultando o trabalho hormonal e causando anemia:
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