No último final de semana assisti ao X congresso internacional de saúde da criança e do adolescente e em uma das palestras me chamou a atenção as disparidades de acesso à vacinação pelo Brasil. Trabalho apresentado por pesquisadores da Universidade Federal do Paraná (UFPR).
O Brasil possui um programa nacional de imunizações que contribuiu para a redução da morbimortalidade por doenças transmissíveis, como varíola, tuberculose, difteria, tétano, coqueluche, poliomielite, hepatite, sarampo, caxumba e rubéola. A cobertura vacinal não tem sido perfeita ao longo dos anos nem entre as regiões:
As regiões norte e nordeste são frequentemente as menos cobertas. O fato de sistematicamente estas regiões apresentarem cobertura insatisfatória gera maior vulnerabilidade nas crianças destes estados, principalmente aquelas dos estratos sociais mais pobres.
As disparidades na cobertura vacinal são um alerta para necessidade contínua de educação em saúde. São necessárias medidas como amplificação da oferta, mais campanhas de comunicação de massa, maior orientação por parte dos profissionais de saúde para adesão à puericultura, uso de lembretes aos pais, visitas domiciliares e outras ações de monitoramento e acompanhamento contínuo das crianças.