Cobertura vacinal não é homogênea no Brasil

No último final de semana assisti ao X congresso internacional de saúde da criança e do adolescente e em uma das palestras me chamou a atenção as disparidades de acesso à vacinação pelo Brasil. Trabalho apresentado por pesquisadores da Universidade Federal do Paraná (UFPR).

O Brasil possui um programa nacional de imunizações que contribuiu para a redução da morbimortalidade por doenças transmissíveis, como varíola, tuberculose, difteria, tétano, coqueluche, poliomielite, hepatite, sarampo, caxumba e rubéola. A cobertura vacinal não tem sido perfeita ao longo dos anos nem entre as regiões:

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As regiões norte e nordeste são frequentemente as menos cobertas. O fato de sistematicamente estas regiões apresentarem cobertura insatisfatória gera maior vulnerabilidade nas crianças destes estados, principalmente aquelas dos estratos sociais mais pobres.

As vacinas com maior adesão foram BCG e hepatite B, ambas administradas logo após o nascimento.

As vacinas com maior adesão foram BCG e hepatite B, ambas administradas logo após o nascimento.

As disparidades na cobertura vacinal são um alerta para necessidade contínua de educação em saúde. São necessárias medidas como amplificação da oferta, mais campanhas de comunicação de massa, maior orientação por parte dos profissionais de saúde para adesão à puericultura, uso de lembretes aos pais, visitas domiciliares e outras ações de monitoramento e acompanhamento contínuo das crianças.

Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/