A alimentação inadequada impacta negativamente a concentração e a aprendizagem. Além disso, a falta de nutrientes contribui para comportamentos mais agressivos. A dieta de baixa qualidade piora a saúde física e mental e perpetua a pobreza. Assim, melhorar os hábitos alimentares das famílias é fundamental já que pode diminuir as taxas de criminalidade e os comportamentos anti-sociais em até um terço, acreditam pesquisadores da Universidade de Oxford, na Inglaterra.
A alimentação não é o único fator que desencadeia atos de violência porém a mesma não pode mais ser subestimada. Nas prisões, a suplementação de vitaminas, minerais e ômega-3 faz com que os prisioneiros se tornem menos impulsivos, reduzindo a violência dentro e fora dos presídios. Alimentos processados, ricos em carboidratos simples e açúcares desequilibram o metabolismo e os processos neurofisiológicos. Consumo exagerado de doces e refrigerantes associa-se a comportamentos mais agressivos na adolescência (Tammam, Gillam & Gesch, 2012). Daí a importância também da alimentação escolar saudável.
Todos estamos expostos à violência em filmes e séries da TV. Muitos estão expostos à pobreza, lares desfeitos, falta de bons modelos adultos, ensino precário. Mas nem todos tornam-se criminosos. Enquanto estes problemas podem contribuir para a criminalidade e violência, um cérebro que não funciona bem por falta de nutrientes, contato com toxinas ou abusos físicos e psicológicos está muito mais propenso à comportamentos impulsivos e perigosos.
Cuidados pré-natais adequados, boa nutrição na gestação e durante a vida, suplementação para correção de desequilíbrios neuroquímicos e tratamentos para problemas psicológicos e cognitivos são todos essenciais para a prevenção de comportamentos agressivos. A criminalidade aumenta junta com as dificuldades de aprendizagem e estas estão ligadas à carências de nutrientes como ferro, vitamina A, ômega-3, excesso de açúcar na dieta e hipoglicemia. Discuto mais sobre nutrição e comportamento no curso PsicoNutrição.