Hoje é o dia mundial do não fumante. O tabagismo causa muito estrago à saúde. A cada cigarro fumado há uma perda média de 8 minutos de vida. No total, um homem fumante arrisca-se a perder 13 anos de vida e a mulher 15 anos de vida, em média.
No momento atual ainda há um outro agravante: fumantes apresentam maior risco de desenvolverem complicações graves caso sejam infectadas pelo coronavírus. O cigarro lesiona tecidos pulmonares e aumenta a produção de muco nas árvores brônquicas, o que contribui para aumentar a dificuldade respiratória. Fumar também diminui a imunidade, tornando mais lenta e difícil a luta contra a infecção e a cura da doença.
Parar de fumar gera um efeito rápido na saúde e no bem-estar. A nicotina do cigarro é altamente tóxica mas a cessação do tabagismo já gera redução da pressão arterial e frequência cardíaca desde o primeiro dia. Após 24 horas, o nível de monóxido de carbono no sangue diminui substancialmente. Em 48 horas, as terminações nervosas e o sentido do olfato e paladar começam a se recuperar. Os principais metabólitos da nicotina são largamente eliminados em uma semana.
Após quatro semanas há melhoria da função das vias aéreas pequenas. Depois de dois meses, melhorias podem ser vistas na viscosidade do sangue, no fluxo sanguíneo para os membros e nos níveis sanguíneos de colesterol de alta densidade.
Dentro de seis meses, o sistema imunológico fica muito mais ativo e capaz de combater infecções com eficiência. Os cílios nos pulmões e nas vias aéreas melhoram o varrimento do muco e dos detritos dos pulmões (desde que não tenham ocorrido danos irreversíveis). A função pulmonar melhora e a presença e gravidade dos sintomas respiratórios diminuem. Os sintomas de bronquite crônica, como tosse crônica, produção de muco e chiado, diminuem rapidamente. As taxas de infecções respiratórias, como bronquite e pneumonia, também diminuem, em comparação com a continuação do tabagismo.
No prazo de nove meses, há uma diminuição da tosse e falta de ar. Dentro de um ano, o risco de doença cardíaca coronária é cortado pela metade. Dentro de cinco anos, o risco de derrame cai para o mesmo que um não-fumante, e os riscos de muitos tipos de câncer (boca, garganta, esôfago, bexiga, colo do útero) diminuem significativamente.
Em dez anos, o risco de morrer de câncer de pulmão é reduzido pela metade e os riscos de câncer de laringe e pâncreas diminuem. Dentro de 15 anos, o risco de doença cardíaca coronária cai para o nível de um não-fumante, e o risco de desenvolver DPOC (doença pulmonar obstrutiva crônica) também é reduzido.
UM DOS MEDOS DE QUEM PARA DE FUMAR É O GANHO DE PESO
O cigarro mantém a boca ocupada. Para substituir o vício é comum um aumento do consumo de alimentos. Sem fumar, a pessoa também tende a sentir melhor os aromas e gostos, o que torna a experiência de comer ainda mais prazerosa e agradável.
Para não ganhar muito peso aumente o consumo de alimentos ricos em fibras, consuma mais chás e shots antiinflamatórios, inclua castanhas, palitinhos de cenoura ou pepino puros ou com hummus de grão de bico. Consuma diariamente frutas cítricas, que são ricas em antioxidantes e durma pelo menos 8 horas, para aumentar seu conforto e equilibrar hormônios responsáveis pela saciedade. Yoga e meditação são ótimas alternativas para manter a ansiedade sob controle, evitando episódios de comer compulsivo.