Alho e cebola: os temperos mais utilizados no mundo são bons para sua imunidade

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Cebola

Cebolas (Allium cepa) fazem parte da família Allium e estão entre os vegetais mais consumidos no mundo. Vários estudos já confirmaram os efeitos antioxidantes do seu extrato, muito benéfico no tratamento de doenças renais e cardíovasculares.

Alguns compostos bioativos encontrados na casca das Cebolas (Quercetina, Kaempferol e Epicatequina) promovem a melhora do perfil lipídico e um efeito antioxidante em estudos in vitro e em animais. A casca das cebolas pode ser usada em chás ou torrada e esfarelada, para uso como sal (misture com outras ervas e quantidades mínimas de sal).

A Quercitina das cebolas ajuda a diminuir a concentraçáo de triglicerídeos e colesterol VLDL no plasma. A cebola pode ser usada crua, cozida, assada, grelhada, em carnes, saladas, molhos, arroz, omeletes, legumes, verduras e vinagretes.

Alho

Diversos componentes do Alho (Allium sativum L.) podem estar relacionados à diminuição do risco de doenças cardiovasculares, infecções e câncer. É usado em várias culturas no tratamento de problemas respiratórios e digestivos, infestações por parasitas, artrite, tosse crônica. Possui também ações antitumorais e antimicrobianas.

O principal composto bioativo do alho é a alicina, muito estudada em relação às doenças cardiovasculares, por reduzir o colesterol plasmático. Seu extrato também ajuda a diminuir a pressão sanguínea, por estimular a produção de óxido nítrico.

Para melhor ação o alho deve ser consumido cru, picado ou amassado, pois o calor pode inativar seus compostos ativos. Se for utilizar alho na comida (cereais, carres, peixes, legumes, molhos, massas), o ideal seria misturar na comida depois de pronta.

Alho, cebola e sua imunidade

Estes dois vegetais tão utilizados na culinária são ricos em N-acetil-cisteína (NAC), precursor do aminoácido L-cisteína e do antioxidante glutationa - GSH (Salamon et al., 2019). O NAC está presente também na couve. Fora isso pode ser suplementado, em cápsulas. A suplementação de NAC é comum nos estudos clínicos, inclusive como antídoto contra toxinas e envenenamentos, bem como no tratamento de doenças cardiovasculares, metabólicas, pulmonares, dentre outras.

O NAC possui atividades anti-inflamatórias por restaurar os níveis de GSH. Níveis reduzidos de GSH estão associados ao aumento da suscetibilidade a infecções e gripes. Curiosamente, o processo de envelhecimento tem sido considerado uma síndrome de deficiência de GSH e o tratamento com NAC em modelo de envelhecimento demonstrou reverter a diminuição da proliferação de células T.

A suplementação de NAC também pode ajudar a reduzir o estresse oxidativo, diminuindo a quantidade de radicais livres circulantes. A capacidade de manter a função imunológica adequada é um marcador para a boa saúde, bem como um preditor de aumento da longevidade. Se decidir suplementar, marque uma consulta.

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Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/