Menstruação excessiva: causas e possíveis tratamentos

A menstruação refere-se ao corrimento fisiológico de sangue e tecido mucoso de revestimento que acontece mensalmente e faz parte do ciclo menstrual da mulher. Ocorre quando não ocorre a fecundação do óvulo. Para algumas mulheres o período é um tormento não só por conta de sintomas intensos relacionados à Tensão Pré-Menstrual (TPM) como também pelo fluxo menstrual intenso (menorragia ou hipermenorreia).

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Existem quatro causas principais para períodos menstruais muito intensos: 1) problemas na glândula tireóide, 2) progesterona baixa, 3) endometriose ou adenomiose, 4) problemas de coagulação.

Problemas na tireóide são a causa mais comum de desregulação do fluxo menstrual, com aumento da intensidade. Para descobrir se a tireóide está bem dose a quantidade de hormônio TSH e o hormônio T4 livre. Se sua mãe ou irmãs já foram diagnosticadas com hipotireoidismo ou síndrome de Hashimoto avalie também seus “anticorpos tireoidianos”, que marcam se há alguma doença autoimune relacionada à glândula. A doença autoimune da tireoide é bastante comum, afetando uma em cada quatro mulheres.

Se o hipotireoidismo for subclínico nem sempre há a necessidade do uso do hormônio da tireóide. Mas há necessidade de adoção de uma dieta antiinflamatória e de aumento do consumo de selênio e zinco para produção do hormônio ativo da tireóide. Estes nutrientes também podem ser suplementados. No caso do hipotireoidismo ou da síndrome de Hashimoto haverá necessidade de uso do hormônio T4 sintético.

A queda da progesterona ou aumento do estrogênio também podem causar o problema pois levam ao espessamento do endométrio. A única forma de produzir progesterona é ovulando. Se você tem ovários policísticos pode não estar ovulando, o que gera o desequilíbrio hormonal. Se você ainda é muito jovem não preocupe-se. Pode ser que ainda não esteja ovulando todo mês e por isso os fluxos acabam sendo mais intensos. Evite consumir carne e laticínios em excesso pois aumentam o estrogênio, agravando o desequilíbrio hormonal.

Outro motivo para a redução da ovulação é a entrada na perimenopausa (por volta dos 45 anos de vida da mulher). Neste caso, cremes com progesterona podem ser prescritos pelo seu médico.

Endometriose ou adenomiose são duas condições ginecológicas que podem causar dor e sangramento intenso. Para o diagnóstico é necessário fazer um ultra-som. Dependendo do grau o médico poderá prescrever tratamentos antiinflamatórios. Capriche também no consumo de condimentos e ervas que desinflamam como cravo, canela, açafrão, gengibre, orégano, alecrim, manjerona e salsinha.

Se for o caso, o seu ginecologista poderá sugerir o uso do DIU hormonal. O dispositivo não suprime completamente a ovulação e não desequilibra tanto os hormônios como o uso da pílula anticoncepcional.

Se você sofre com menstruações intensa toda a sua vida, peça ao seu médico para verificar a presença de distúrbios de coagulação, como a doença de von Willebrand. A condição é responsável por até 20% de todos os casos de sangramento menstrual intenso, que às vezes é o único sintoma.

A maioria das pessoas com o distúrbio de von Willebrand têm apenas a forma leve da condição e é bastante comum estes indivíduos não necessitarem de medicação. A avaliação é feita pelo médico hematologista. Em caso de hemorragias mais severas pode ser necessário o uso de medicamentos como desmopressina ou concentrados de fatores de coagulação.

2 SUPLEMENTOS PARA O TRATAMENTO DA ENDOMETRIOSE

Um composto extraído de plantas amazônica, como a unha-de-gato (Uncaria tomentosa) e batizado de Miodesin® tem contribuído para o tratamento de miomas uterinos e da endometriose. As plantas utilizadas no fitocomplexo são ricas em taninos e alcalóides com atividades antiinflamatória, antioxidante, antitumoral e imunoestimulante. O fitoterápico unha-de-gato ser prescrito por nutricionista para uso oral ou por médico ginecologista para uso intravaginal, misturado a um veículo (Pentravan®) que permite a absorção pela pele.

Como a aromatase é mais abundante em mulheres com endometriose, o uso de inibidores de aromatase, como crisina, também é aconselhado, podendo ajudar a tratar mesmo casos mais graves.

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Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/
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