Medo de engordar nas festas de final de ano

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Pra muita gente as festas de final de ano são a época mais feliz do ano pois estarão reunidos com as pessoas que mais amam no mundo, trocarão gentilezas, farão planos juntos. Irão decorar a casa, abrir presentes, dar gargalhadas. Mas para outros essa mesma época é fonte de muita ansiedade. O que comprar de presente? Que roupa usar na festa? O que fazer para a ceia? Terei tempo de limpar a casa, cortar ao cabelo, encontrar todas as pessoas que desejo e o pior: será que vou engordar com tanta comilança?

Vamos pensar sobre alguns pontos:

1) alimento não é só fonte de nutrientes, vitaminas, minerais, fibras e fitoquímicos. Alimento também é memória, cultura, prazer. Só que para alguns também é culpa, vergonha, doença. Rotulam todos os alimentos como bons ou ruins, não param de ler sobre as opções mais saudáveis, menos calóricas. Mas a não ser que o alimento realmente cause uma reação negativa em seu corpo ele não é tão ruim assim como pintam.

Isto não quer dizer que você deva se entupir de chocolates e pizzas mas comer de vez em quando provavelmente não fará mal para a maioria das pessoas. E é o caso das festas de final de ano. Terão muitas coisas, terão muitos pratos, terão sobremesas. Se quiser coma. A não ser que seja algo que você sabe que realmente te causa problemas como dor de cabeça, coceira e vermelhidão na pele, inchaço, aftas, sensação de desconforto na garganta, falta de ar, dificuldade em respirar, dor abdominal, gases, vômito, diarreia, prisão de ventre, ardor ao evacuar, divirta-se.

2) Restrições podem gerar maior ganho de peso ou distúrbios alimentares. A alimentação normal não tem regras. Principalmente comemos o que nosso corpo e nossa mente precisam. Às vezes comemos menos, às vezes comemos mais, às vezes tomamos água de coco, outras vezes tomamos vinho. Por isso, não culpe-se, não se martirize, pois é assim para todo mundo e não há certo ou errado. Existem estudos mostrando que quem restringe demais a dieta, quem passa fome, uma hora não aguenta e come mais. E é comum que isso leve a um ciclo de compulsão-restrição-compulsão-restrição que não só gera mais frustração e ansiedade como pode fazer a pessoa ganhar mais peso ou desenvolver um distúrbio alimentar. Não entre nessa. Falo mais sobre minha visão do que é o comer normal aqui.

3) Pare de focar no que te faz mal. Se para você comida é fonte de ansiedade corte esse papo da sua vida. Nada de falar de dieta, de calorias, de alimentos bons e maus, do peso corporal, da aparência de alguém, se engordou, se emagreceu. Troque esse assunto por outros ou simplesmente encha a casa de música e dance. Para quem quer mesmo reduzir a ansiedade ao redor comida existem estratégias de alimentação consciente que nos ensina a respeitar as necessidades reais de nosso corpo e mente. Ensino tudo sobre o tema neste curso online.

4) Busque o equilíbrio de outras formas. Pessoalmente eu preciso movimentar meu corpo (com yoga ou caminhadas no parque) e estar em contato com pessoas queridas, que alimentam minha alma (amigas, vamos sair?). Coisas assim me alimentam tanto quanto o pão e a macarronada. O que alimenta sua alma mais que chocolate? Descubra-se nesta virada de ano e coloque-se como prioridade. 

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Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/