A Síndrome de Rett é uma desordem genética que leva a alterações progressivas no desenvolvimento neurológico. Está associada a mutações no gene MECP2 (do inglês, methyl-CpG-binding protein 2), localizado no cromossomo X. Tal mutação afeta o funcionamento de vários órgãos.
Na síndrome de Rett observa-se regressão do desenvolvimento, principalmente após os 18 meses, perda da fala, distúrbios respiratórios e do sono, manifestações de comportamento autístico, redução da mobilidade, escoliose, déficit de peso ou sobrepeso, rigidez muscular, perda de massa óssea e comprometimento do crescimento (Motil et al., 2012).
Alterações no funcionamento do trato digestório também são comuns e incluem disfagia (dificuldade de engolir), desordens biliares (Motil et al., 2012), constipação e disbiose intestinal (Strati et al., 2016). Tais alterações contribuem para um quadro inflamatório. Hoje é claro que intestino e cérebro comunicam-se e a inflamação intestinal contribui para a inflamação cerebral, agravando o quadro na síndrome de Rett. A suplementação de probióticos tem sido recomendada para melhoria dos sintomas, especialmente após o uso de antibióticos (Daliri, Oh e Lee, 2016).
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