Desde que cheguei no Chile no início do mês observei no supermercado etiquetas pretas pregadas em vários alimentos. Pesquisas no país mostraram que 60% das pessoas não entendem a rotulagem nutricional. Por isso, surgiu a ideia das etiquetas que passarão a ser obrigatórias a partir do dia 27 de junho.
O Chile importa muitos alimentos, frescos e industrializados e o objetivo das novas etiquetas é destacar quando determinado alimento é rico em açúcar, calorias, gorduras saturadas ou sódio. Molhos prontos por exemplo, podem ter a etiqueta de alto teor de sódio pregada logo abaixo de sua logomarca. Chocolates trazem etiquetas de alto teor de açúcar, gordura saturada e calorias. Os limites foram estabelecidos pelo decreto 13 publicado em junho.
Para o ministério da saúde a iniciativa visa alertar principalmente o público infantil. De acordo com o órgão um em cada 3 crianças abaixo dos seis anos estão acima do peso ideal. Além disso, um chileno morre a cada hora por complicações de enfermidades como o excesso de peso, a obesidade, o diabetes, a hipertensão e problemas do coração.
Espera-se que as etiquetas contribuam para a seleção de alimentos menos industrializados e mais saudáveis. O decreto também restringe a publicidade de alimentos ricos em sódio, gordura saturada, calorias e açúcar para indivíduos menores que 14 anos, além de restringir a venda dos mesmos em estabelecimentos educacionais.
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