A doença renal crônica atinge 10% da população mundial. A estimativa é que a enfermidade afete um em cada cinco homens e uma em cada quatro mulheres com idade entre 65 e 74 anos, sendo que metade da população com 75 anos ou mais sofre algum grau da doença.
De acordo com a Sociedade Brasileira de Nefrologia, o risco de doença renal crônica, de acordo com a entidade, deve ser avaliado por meio das seguintes perguntas: (1) Você tem pressão alta? (2) Você sofre de diabetes mellitus? (3) Há pessoas com doença renal crônica na sua família? (4) Você está acima do peso ideal? (5) Você fuma? (6) Você tem mais de 50 anos? (7) Você tem problema no coração ou nos vasos das pernas (doença cardiovascular)? Se uma das respostas for sim, seu risco já é maior do que o de outras pessoas.
Eu adicionaria mais algumas perguntas: Qual é a quantidade de frutas e verduras que você consome ao dia? Qual é a quantidade de doces e alimentos adoçados que você consome por dia? Qual é a quantidade de carne que você consome ao dia?
Uma dieta padrão ocidental (pobre em frutas e verduras frescas, rica em carnes e alimentos adoçados) está mais associada com perda indesejável de proteína na urina (albuminúria) e redução da função renal (Lin et al., 2011).
Esta dieta ocidental é mais acidificante porque é rica em gordura saturada, açúcares, sódio e cloro. Porém é pobre em substâncias alcalinizantes como fibras, magnésio e potássio (Chen & Abramowitz, 2014). A carga ácida é associada a maior dano renal (Banerjee et al., 2014), devido à toxicidade tubular provocada, por exemplo, pelo excesso de amônia e radicais livres (Goraya & Wesson, 2014).
Para prevenir a doença renal crônica uma dieta a base de vegetais é recomendada. Plantas são ricas em vitaminas, minerais e fitoquímicos antioxidantes, que reduzem a quantidade de radicais livres circulantes (Chang et al., 2013). Além disso, as proteínas das plantas possuem menos aminoácidos sulfurados, acidificando menos o sangue (Kanda et al., 2014).
Para indivíduos que já estão em tratamento de doença renal a mudança da dieta ocidental para uma dieta vegetariana reduz a acidose (Goraya et al., 2013).