O risco de indivíduos obesos desenvolverem diabetes, hipertensão ou doenças cardiovasculares não é diminuído com dietas padrão. Estudos recentes mostram, cada vez mais, que as propostas devem ser individualizadas, preferencialmente considerando a individualidade genética e bioquímica. Existem sim recomendações gerais quanto ao tipo de gordura, consumo de fibras e fitoquímicos porém muitos genes determinam a resposta individual às intervenções dietéticas. É por isto que enquanto algumas pessoas passam por grandes modificações benéficas outras observam pouca ou nenhuma melhoria em seu estado geral.
No futuro é provável que os exames pedidos também comparem a atividade de genes para determinadas doenças para que os profissionais de saúde possam relacioná-la aos fatores ambientais e ao estilo de vida, diagnosticando de forma muito mais precisa qualquer condição. Na Europa, o projeto Lipgene, iniciado em 2004 e com previsão de término em 2009, está acompanhando a alimentação, traçando o perfil genético e bioquímico e coletando informações clínicas de 13.000 pessoas. O projeto espera também:
- compreender melhor como as diferenças no consumo de gorduras influenciam no desenvolvimento da síndrome metabólica;
- criar alternativas de plantas fontes de ômega-3 a partir de genes de algas marinhas;
- melhor a alimentação animal para que o leite seja melhor fonte de ácidos graxos poliinsaturados;
- analisar a visão dos consumidores sobre a síndrome metabólica e alimentos protetores;
- examinar as barreiras econômicas para a introdução de novas tecnologias agroalimentares.