O Alzheimer é a forma mais comum de demência e as causas permanecem não determinadas. As hipóteses mais comuns incluem herança genética, devido a disfunções na produção da apolipoproteína E, uma das envolvidas no transporte do colesterol. O gene variante (apoE4) é encontrado em 15 a 20% da população porém, existe também uma influência ambiental no desenvolvimento da doença.
Acaba de ser divulgado um estudo, no qual camundongos alimentados com dieta rica em gordura, açúcar e colesterol por 9 meses desenvolveram irregularidades mórbidas encontradas em pacientes em estágio inicial da doença de Alzheimer. Os resultados fazem parte da tese de doutorado de Susanne Akterin. Ao examinar o cérebro dos animais observou-se um aumento de grupos fosfato, que formam placas neuríticas que impedem o funcionamento normal do cérebro. A pesquisadora também relatou fortes indicações de que o colesterol alimentar (presente principalmente nas carnes) reduz outra substância do cérebro, a proteína Arc, envolvida no armazenamento das lembranças e importante para a manutenção da memória. Outras pesquisas já haviam mostrado que o estresse oxidativo no cérebro e um baixo consumo de antioxidantes também aumentaria o risco de Alzheimer. A Dra. Susanne Akterindemonstrou em sua tese que o cérebro destes pacientes realmente tem um desequilíbrio de substâncias protetoras.
Tese:
From cholesterol to oxidative stress in Alzheimer's disease: A wide perspective on a multifactorial disease, Susanne Akterin, Department of Neurobiology, Care Sciences and Society, KI Alzheimer's Disease Research Center, Karolinska Institutet. Disponível em http://diss.kib.ki.se/2008/978-91-7409-172-4/