Tem sido demonstrado, em pesquisas aleatorizadas, que a suplementação de cálcio pode diminuir o risco de recorrência de adenomas colorretais. Contudo, é incerta a duração deste efeito protetor após a descontinuação da suplementação. Este estudo publicado em janeiro de 2007 avaliou 930 indivíduos com uma história prévia de adenoma colorretal. Metade dos pacientes recebeu suplementação de cálcio (1200mg) e a outra metade, um placebo pelo período de 4 anos. Após a descontinuação, os indivíduos foram acompanhados e foram coletadas informações concernentes ao uso de medicamentos, vitaminas e outros suplementos durante o período. Após 5 anos de acompanhamento, os sujeitos que receberam a suplementação de cálcio ainda tinham um risco significativamente menor de desenvolver o adenoma comparado ao grupo placebo. Após 5 anos, a diferença entre os grupos não mais é significativa, ou seja, a suplementação seria novamente necessária.
Comentários: estudos experimentais sugerem que o cálcio pode reduzir o risco de adenomas colorretais, através da formação de um complexo com os ácidos biliares, assim prevenindo uma potencial carcinogênese em decorrência do contato de carcinógenos com a mucosa do cólon. Apesar de ainda ser cedo para indicar a suplementação de cálcio como profilaxia para este tipo de câncer, sabe-se que muitos brasileiros não atingem nem mesmo a recomendação para a população saudável. Assim, a educação nutricional continua sendo a melhor estratégia, até porque existem evidências de que a suplementação de cálcio pode aumentar o risco de câncer de próstata.
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