Índices APRI e FIBROTEST para avaliação da função do fígado

O exame do aspartato aminotransferase ou transaminase oxalacética (AST ou TGO), é um exame de sangue solicitado para investigar lesões que comprometem o funcionamento normal do fígado. Pode ser dividido pela contagem de plaquetas, que é usado como um marcador não invasivo para fibrose e cirrose hepática. É o índice APRI (acesse aqui a calculadora online).

Índice APRI = AST/plaquetas

Quanto maior o valor de APRI maior é o dano oxidativo e a injúria hepática. Em uma meta-análise de 40 estudos, os pesquisadores concluíram que um escore APRI maior que 1,0 tinha uma sensibilidade de 76% e especificidade de 72% para prever cirrose. Além disso, eles concluíram que um escore APRI maior que 0,7 tinha uma sensibilidade de 77% e especificidade de 72% para predizer fibrose hepática significativa.

Para a detecção de cirrose, o uso de uma pontuação de corte APRI de 2,0 foi mais específico (91%), mas menos sensível (46%). Quanto mais baixo for o escore APRI (menor que 0,5), maior será o valor preditivo negativo (e capacidade de descartar cirrose) e maior será o valor (maior que 1,5), maior será o valor preditivo positivo (e capacidade de controlar a cirrose), Os valores médios são menos úteis.

O APRI sozinho provavelmente não é suficientemente sensível para descartar doença. Algumas evidências sugerem que o uso de vários índices em combinação (como APRI mais FibroTest) ou uma abordagem algorítmica pode resultar em maior precisão diagnóstica do que usar apenas APRI.

O FibroTest inclui 10 biomarcadores: alfa-2-macroglobulina, haptoglobulina, apolipoproteína A1, bilirrubina total, GGT, ALT, AST, glicmia em jejum, colesterol e triglicerídeos. Acesse aqui a calculadora em excel.

Como proteger o fígado?

A fibrose do fígado acontece quando o tecido fica cheio de cicatrizes. Se não tratado, este fibrose pode evoluir para cirrose. Os sintomas da fibrose incluem perda de apetite, alterações cognitivas (dificuldades de raciocínio), náuseas, perda de peso inexplicável, fraqueza, pele ou olhos amarelados.

Existem várias causas para a fibrose, incluindo autoimunidade, obstrução biliar, excesso de ferro, obesidade, esteatose hepática, hepatite, alto consumo de álcool.

O tratamento geralmente envolve uma combinação de mudanças no estilo de vida, incluindo dieta antiinflamatória e adequada para emagrecimento, atividade física, controle do estresse, redução ou abstenção do álcool e uso de suplementos como:

Um estudo publicado em 2013 mostrou que o suco da folha de mamoeiro ajuda o fígado de pacientes com dengue a se recuperar mais rápido (Subenthiran et al., 2013). Pode-se usar 50g de folhas frescas em 100 ml de água (é remédio, é amargo e pode dar ânsia de vômito).

O ácido alfa-linolênico (ALA) contido na chia e linhaça ajuda na recuperação mais rápida de plaquetas. Pacientes com doenças hepáticas tendem a ficar com plaquetas mais baixas (trombocitopenia) o que aumenta o risco de sangramentos (Stivala et al,. 2013). O ALA também pode ser suplementado em maiores doses.

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Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/
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