Alimentação na infância influencia saúde na idade adulta

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Uma nova pesquisa publicada no Journal of Physiology pela Dra. Raylene Reimer  indica uma conexão direta entre os hábitos alimentares na infância e a propensão ao ganho de peso na fase adulta. A pesquisadora é uma das referências no estudo da origem das doenças. Nesta linha de pesquisa, acredita-se que nosso ambiente pré-natal e em estágios iniciais da infância influenciam o futuro risco de desenvolvimento de condições como as doenças cardiovasculares, a obesidade e o diabetes. Isto porque os alimentos influenciam a expressão de genes, tornando alguns mais ativos do que outros.

No estudo publicado o grupo comparou a influência de três tipos de dietas (rica em proteína, controle e rica em fibra) na infância e seu impacto na vida adulta de ratos. Todos os ratos quando adultos receberam a mesma dieta (rica em gordura e rica em açúcar, afim de refletir a dieta ocidental atual).

Os resultados foram que o grupo que teve um consumo maior de proteína na infância teve um ganho de peso maior quando adultos do que o grupo que tinha uma dieta com mais fibras. Ou seja, a alimentação na infância modulou a trajetória de hormônios relacionados com a saciedade e caminhos metabólicos que influenciam o ganho de peso futuro.

Para as mamães brasileiras, o importante é que tentem seguir uma dieta mais natural possível, que pode ser baseada no Guia alimentar para crianças menores de 2 anos. Lembre-se que a chave é sempre a moderação já que tanto dietas pobres como dietas muito ricas em proteínas podem ser prejudiciais ao desenvolvimento. Adultos devem basear sua alimentação no Guia alimentar para a população brasileira, procurando um nutricionista para as individualizações que se fizerem necessárias.

10 estratégias para melhorar a saúde da criançada

(1) aprender de onde o alimento vem (levar à feira, à fazenda, à horta...),

(2) plantar,

(3) agradecer pelos alimentos,

(4) deixar alimentos saudáveis à vista,

(5) dar o exemplo,

(6) oferecer o alimento de várias maneiras (cozido, assado, grelhado, purê, amassado, batido, etc),

(7) consumir alimentos coloridos diferentes e da estação,

(8) beber água,

(9) ter paciênica - comer é um processo de aprendizagem complexo,

(10) comer junto - manter a rotina, com o horário de refeições da família.

Curso online: Alimentação saudável para crianças

Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/