Influência do intestino na asma brônquica

Sabia que a asma brônquica pode ter início ou ser influenciada por disfunções intestinais? Vamos esta integração entre sistemas.

A teia das intercomunicações metabólicas

1. Assimilação

O intestino é responsável pela digestão, absorção e integridade intestinal. Quando há disbiose intestinal (alteração da microbiota), aumento da permeabilidade intestinal (“intestino permeável”) ou má digestão, o organismo pode liberar citocinas inflamatórias e interleucinas (como IL-4, IL-5, IL-13), que ativam o sistema imunológico.

Essas substâncias podem:

  • Estimular respostas imunes Th2, associadas a alergias e asma;

  • Aumentar a inflamação sistêmica, que repercute nos pulmões.

Assim, uma disfunção intestinal pode ser um gatilho para doenças respiratórias inflamatórias, como a asma.

2. Defesa e reparo

O sistema imunológico e a inflamação são centrais na asma. Interleucinas liberadas no intestino (ou por desequilíbrio na microbiota) modulam a resposta imune, promovendo inflamação nas vias aéreas.

Além disso, o eixo intestino-pulmão mostra que:

  • Microbiota intestinal saudável ajuda a regular a imunidade respiratória;

  • Microbiota alterada aumenta o risco de reações alérgicas e hiperresponsividade brônquica.

3. Comunicação

A comunicação entre hormônios, neurotransmissores e fatores imunológicos mantém ou agrava a inflamação. Um intestino inflamado pode alterar a produção de citocinas e neurotransmissores (como serotonina), perpetuando o desequilíbrio imunológico que favorece crises de asma.

4. Fatores moduladores

Os fatores abaixo influenciam tanto o intestino quanto a asma:

  • Sono inadequado → aumenta inflamação;

  • Estresse → altera microbiota e imunidade;

  • Nutrição → dieta pobre em fibras reduz microbiota benéfica;

  • Poluição → agrava inflamação intestinal e pulmonar;

  • Exercício → melhora função imunológica e intestinal;

  • Sociabilidade → afeta saúde emocional, que repercute no eixo intestino-cérebro-pulmão.

5. Dimensões Mental, Emocional e Espiritual

O estresse emocional pode agravar tanto a função intestinal quanto crises asmáticas, devido à conexão eixo cérebro-intestino-pulmão. Crenças e propósito (dimensão espiritual) influenciam resiliência e resposta ao tratamento.

Na consulta de nutrição estudamos todos estes sistemas. Marque sua consulta e:

  • Melhore a saúde intestinal e o equilíbrio da microbiota;

  • Ajude a diminuir a inflamação no corpo;

  • Fortaleça seu sistema imunológico;

  • E ainda melhore sua energia e qualidade de vida no dia a dia.

A nutrição não substitui o seu tratamento da asma brônquica, mas complementa e potencializa os resultados, ajudando você a ter menos crises e respirar melhor.

Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/

O Cérebro Após a Quimioterapia: Como Combater o Declínio Cognitivo?

A quimioterapia é um tratamento que salva vidas em pacientes com câncer, mas também é comum que cause comprometimento cognitivo de longo prazo, situação conhecida como "chemobrain". A clínica inclui um conjunto de sintomas como lapsos de memória, dificuldade de concentração e sensação de nevoeiro mental.

A figura abaixo mostra uma linha preta representando o envelhecimento cognitivo normal (esperado), com redução lenta e gradual da capacidade cognitiva ao longo do tempo, que, no entanto, permanece acima do limiar para o desempenho cognitivo normal. Semelhante à doença de Alzheimer, o chemobrain envolve um declínio acelerado do comprometimento cognitivo, embora menos grave. Como na lesão cerebral traumática, o início do chemobrain é conhecido e o declínio inicial é seguido por um período de recuperação, que, no entanto, pode não retornar a capacidade cognitiva ao nível normal, se estratégias apropriadas não forem adotadas.

Por que o cérebro é vulnerável?

A quimioterapia pode afetar a neuroplasticidade, reduzir a neurogênese, causar disfunção mitocondrial, aumentar a inflamação, o estresse oxidativo, o dano ao DNA, gerar perdas de sinapses e neurônios no sistema nervoso central. Esses fatores tornam o cérebro mais suscetível a danos e dificultam a recuperação. Estudos mostram que algumas estratégias são fundamentais para prevenir e aliviar o chemobrain:

🥗 Adote uma dieta rica em antioxidantes, como frutas, vegetais, ervas e condimentos para reduzir o estresse oxidativo e a inflamação, fatores que contribuem para o chemobrain. A dieta MIND (combinação das dietas DASH e mediterrânea) tem mostrado benefícios na redução do declínio cognitivo.

🏃‍♀️ Exercite-se regularmente: Atividades físicas, como caminhadas diárias de 30 minutos, melhoram a circulação sanguínea cerebral e promovem a neurogênese.

😴 Durma bem: O sono de qualidade é essencial para a consolidação da memória e eliminação de toxinas cerebrais.

🧘‍♀️ Gerencie o estresse: Práticas como terapia, yoga e meditação relaxam e reduzem a neuroinflamação.

💡 Suplementação apropriada: durante a quimioterapia podem ser usados suplememntos como magnésio, ômega-3 e fosfatidilcolina (converse antes com a equipe). Após a quimio podemos considerar suplementos como BF-7, huperzina A, fosfatidilcolina ou cognizin, berberina, resveratrol, bioPQQ, Q10, complexo B, zinco, Rephyll, PEA...

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Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/

Reprogramação metabólica com dieta cetogênica

Você já imaginou usar a sua própria gordura como principal fonte de energia, sentir mais disposição, clareza mental e ainda queimar peso de forma eficiente? Isso é possível através da dieta cetogênica, uma estratégia nutricional que promove uma verdadeira reprogramação metabólica.

O que é a reprogramação metabólica?

Nosso corpo está acostumado a usar a glicose (vinda dos carboidratos) como combustível. Quando reduzimos drasticamente os carboidratos e aumentamos a ingestão de gorduras boas, entramos em um estado chamado cetose. Nesse estado, o corpo passa a produzir corpos cetônicos – moléculas que substituem a glicose e se tornam a principal fonte de energia para o cérebro e os músculos.

Essa mudança metabólica traz benefícios como:

  • Queima de gordura corporal;

  • Redução do apetite;

  • Energia estável ao longo do dia;

  • Clareza mental e foco;

  • Melhora de parâmetros metabólicos importantes.

Monitorando a sua cetose

Para quem gosta de acompanhar os resultados da dieta cetogênica, é possível medir os corpos cetônicos no sangue. O valor de referência para cetose nutricional fica entre 0,5 a 3,0 mmol/L. Mas não se preocupe: mesmo sem medir, você sentirá os efeitos no corpo – mais energia, menos fome e queima de gordura.

Quer transformar seu metabolismo?

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Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/