O Cérebro Após a Quimioterapia: Como Combater o Declínio Cognitivo?

A quimioterapia é um tratamento que salva vidas em pacientes com câncer, mas também é comum que cause comprometimento cognitivo de longo prazo, situação conhecida como "chemobrain". A clínica inclui um conjunto de sintomas como lapsos de memória, dificuldade de concentração e sensação de nevoeiro mental.

A figura abaixo mostra uma linha preta representando o envelhecimento cognitivo normal (esperado), com redução lenta e gradual da capacidade cognitiva ao longo do tempo, que, no entanto, permanece acima do limiar para o desempenho cognitivo normal. Semelhante à doença de Alzheimer, o chemobrain envolve um declínio acelerado do comprometimento cognitivo, embora menos grave. Como na lesão cerebral traumática, o início do chemobrain é conhecido e o declínio inicial é seguido por um período de recuperação, que, no entanto, pode não retornar a capacidade cognitiva ao nível normal, se estratégias apropriadas não forem adotadas.

Por que o cérebro é vulnerável?

A quimioterapia pode afetar a neuroplasticidade, reduzir a neurogênese, causar disfunção mitocondrial, aumentar a inflamação, o estresse oxidativo, o dano ao DNA, gerar perdas de sinapses e neurônios no sistema nervoso central. Esses fatores tornam o cérebro mais suscetível a danos e dificultam a recuperação. Estudos mostram que algumas estratégias são fundamentais para prevenir e aliviar o chemobrain:

🥗 Adote uma dieta rica em antioxidantes, como frutas, vegetais, ervas e condimentos para reduzir o estresse oxidativo e a inflamação, fatores que contribuem para o chemobrain. A dieta MIND (combinação das dietas DASH e mediterrânea) tem mostrado benefícios na redução do declínio cognitivo.

🏃‍♀️ Exercite-se regularmente: Atividades físicas, como caminhadas diárias de 30 minutos, melhoram a circulação sanguínea cerebral e promovem a neurogênese.

😴 Durma bem: O sono de qualidade é essencial para a consolidação da memória e eliminação de toxinas cerebrais.

🧘‍♀️ Gerencie o estresse: Práticas como terapia, yoga e meditação relaxam e reduzem a neuroinflamação.

💡 Suplementação apropriada: durante a quimioterapia podem ser usados suplememntos como magnésio, ômega-3 e fosfatidilcolina (converse antes com a equipe). Após a quimio podemos considerar suplementos como BF-7, huperzina A, fosfatidilcolina ou cognizin, berberina, resveratrol, bioPQQ, Q10, complexo B, zinco, Rephyll, PEA...

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Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/

Reprogramação metabólica com dieta cetogênica

Você já imaginou usar a sua própria gordura como principal fonte de energia, sentir mais disposição, clareza mental e ainda queimar peso de forma eficiente? Isso é possível através da dieta cetogênica, uma estratégia nutricional que promove uma verdadeira reprogramação metabólica.

O que é a reprogramação metabólica?

Nosso corpo está acostumado a usar a glicose (vinda dos carboidratos) como combustível. Quando reduzimos drasticamente os carboidratos e aumentamos a ingestão de gorduras boas, entramos em um estado chamado cetose. Nesse estado, o corpo passa a produzir corpos cetônicos – moléculas que substituem a glicose e se tornam a principal fonte de energia para o cérebro e os músculos.

Essa mudança metabólica traz benefícios como:

  • Queima de gordura corporal;

  • Redução do apetite;

  • Energia estável ao longo do dia;

  • Clareza mental e foco;

  • Melhora de parâmetros metabólicos importantes.

Monitorando a sua cetose

Para quem gosta de acompanhar os resultados da dieta cetogênica, é possível medir os corpos cetônicos no sangue. O valor de referência para cetose nutricional fica entre 0,5 a 3,0 mmol/L. Mas não se preocupe: mesmo sem medir, você sentirá os efeitos no corpo – mais energia, menos fome e queima de gordura.

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Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/

Quando Basófilos, Eosinófilos e Monócitos Elevados: O que o exame de sangue revela sobre o intestino

Você sabia que o seu hemograma pode dar pistas valiosas sobre a saúde do seu intestino — e até sobre possíveis processos inflamatórios crônicos no corpo?

Um achado laboratorial bastante interessante (e muitas vezes negligenciado) é quando a soma de Basófilos + Eosinófilos + Monócitos ultrapassa 8%.

Esse padrão é comum em pessoas com alterações intestinais — como disbiose, SIBO e até em alguns casos observados no autismo. Mas o que exatamente isso significa? Vamos por partes:

🧪 Eosinófilos elevados

Quando os eosinófilos estão altos, isso pode indicar:

  • Alergias alimentares,

  • Parasitoses intestinais,

  • Disbiose intestinal (desequilíbrio da microbiota),

  • Hiperpermeabilidade intestinal — quando a barreira intestinal fica “vazada”, permitindo a passagem de toxinas e antígenos.

🧪 Basófilos elevados

Os basófilos estão ligados à hipersensibilidade e reações alérgicas.
Eles podem ser ativados por antígenos alimentares ou produtos bacterianos — algo comum quando há disbiose ou SIBO.

🧪 Monócitos elevados

Monócitos aumentados refletem resposta a inflamação crônica, geralmente por exposição a endotoxinas bacterianas (como os LPS) — sinal clássico de intestino inflamado ou permeável.

🚨 Quando a soma > 8%...

...isso sugere que o sistema imunológico está em estado de alerta constante, reagindo a algo vindo (ou passando) pelo intestino. É o que chamamos de ativação imune crônica — um desequilíbrio que, se não investigado, pode gerar sintomas como:

  • Problemas digestivos,

  • Reações alimentares diversas,

  • Fadiga,

  • Alterações de humor,

  • Neblina mental (brain fog),

🦠 O papel do SIBO e da disbiose

No SIBO (supercrescimento bacteriano do intestino delgado), há excesso de bactérias fermentando carboidratos, o que gera:

  • Liberação de toxinas bacterianas (como LPS),

  • Aumento da permeabilidade intestinal,

  • Ativação imune na mucosa intestinal.

Consequência?
🔹 Monócitos sobem (resposta às endotoxinas)
🔹 Eosinófilos sobem (alergias alimentares e inflamação)
🔹 Basófilos sobem (histamina e reações alérgicas)

Ou seja: esse padrão no hemograma é um sinal de alerta de que pode haver disbiose intestinal. Mas atenção: não é diagnóstico! Para confirmar SIBO, é preciso fazer o teste respiratório de hidrogênio/metano — ou, em casos específicos, exame de aspirado duodenal.

🔍 Hemograma: mais do que números

O hemograma é uma ferramenta poderosa para investigar causas ocultas de inflamação.
Ele mostra pistas que, junto com sintomas e exames complementares, ajudam a montar o quebra-cabeça da sua saúde intestinal. Se você desconfia de SIBO, disbiose ou tem sintomas persistentes como gases, distensão, alergias alimentares ou fadiga crônica, procure um profissional capacitado para investigar mais a fundo.

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Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/