Reprogramação metabólica com dieta cetogênica

Você já imaginou usar a sua própria gordura como principal fonte de energia, sentir mais disposição, clareza mental e ainda queimar peso de forma eficiente? Isso é possível através da dieta cetogênica, uma estratégia nutricional que promove uma verdadeira reprogramação metabólica.

O que é a reprogramação metabólica?

Nosso corpo está acostumado a usar a glicose (vinda dos carboidratos) como combustível. Quando reduzimos drasticamente os carboidratos e aumentamos a ingestão de gorduras boas, entramos em um estado chamado cetose. Nesse estado, o corpo passa a produzir corpos cetônicos – moléculas que substituem a glicose e se tornam a principal fonte de energia para o cérebro e os músculos.

Essa mudança metabólica traz benefícios como:

  • Queima de gordura corporal;

  • Redução do apetite;

  • Energia estável ao longo do dia;

  • Clareza mental e foco;

  • Melhora de parâmetros metabólicos importantes.

Monitorando a sua cetose

Para quem gosta de acompanhar os resultados da dieta cetogênica, é possível medir os corpos cetônicos no sangue. O valor de referência para cetose nutricional fica entre 0,5 a 3,0 mmol/L. Mas não se preocupe: mesmo sem medir, você sentirá os efeitos no corpo – mais energia, menos fome e queima de gordura.

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Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/

Quando Basófilos, Eosinófilos e Monócitos Elevados: O que o exame de sangue revela sobre o intestino

Você sabia que o seu hemograma pode dar pistas valiosas sobre a saúde do seu intestino — e até sobre possíveis processos inflamatórios crônicos no corpo?

Um achado laboratorial bastante interessante (e muitas vezes negligenciado) é quando a soma de Basófilos + Eosinófilos + Monócitos ultrapassa 8%.

Esse padrão é comum em pessoas com alterações intestinais — como disbiose, SIBO e até em alguns casos observados no autismo. Mas o que exatamente isso significa? Vamos por partes:

🧪 Eosinófilos elevados

Quando os eosinófilos estão altos, isso pode indicar:

  • Alergias alimentares,

  • Parasitoses intestinais,

  • Disbiose intestinal (desequilíbrio da microbiota),

  • Hiperpermeabilidade intestinal — quando a barreira intestinal fica “vazada”, permitindo a passagem de toxinas e antígenos.

🧪 Basófilos elevados

Os basófilos estão ligados à hipersensibilidade e reações alérgicas.
Eles podem ser ativados por antígenos alimentares ou produtos bacterianos — algo comum quando há disbiose ou SIBO.

🧪 Monócitos elevados

Monócitos aumentados refletem resposta a inflamação crônica, geralmente por exposição a endotoxinas bacterianas (como os LPS) — sinal clássico de intestino inflamado ou permeável.

🚨 Quando a soma > 8%...

...isso sugere que o sistema imunológico está em estado de alerta constante, reagindo a algo vindo (ou passando) pelo intestino. É o que chamamos de ativação imune crônica — um desequilíbrio que, se não investigado, pode gerar sintomas como:

  • Problemas digestivos,

  • Reações alimentares diversas,

  • Fadiga,

  • Alterações de humor,

  • Neblina mental (brain fog),

🦠 O papel do SIBO e da disbiose

No SIBO (supercrescimento bacteriano do intestino delgado), há excesso de bactérias fermentando carboidratos, o que gera:

  • Liberação de toxinas bacterianas (como LPS),

  • Aumento da permeabilidade intestinal,

  • Ativação imune na mucosa intestinal.

Consequência?
🔹 Monócitos sobem (resposta às endotoxinas)
🔹 Eosinófilos sobem (alergias alimentares e inflamação)
🔹 Basófilos sobem (histamina e reações alérgicas)

Ou seja: esse padrão no hemograma é um sinal de alerta de que pode haver disbiose intestinal. Mas atenção: não é diagnóstico! Para confirmar SIBO, é preciso fazer o teste respiratório de hidrogênio/metano — ou, em casos específicos, exame de aspirado duodenal.

🔍 Hemograma: mais do que números

O hemograma é uma ferramenta poderosa para investigar causas ocultas de inflamação.
Ele mostra pistas que, junto com sintomas e exames complementares, ajudam a montar o quebra-cabeça da sua saúde intestinal. Se você desconfia de SIBO, disbiose ou tem sintomas persistentes como gases, distensão, alergias alimentares ou fadiga crônica, procure um profissional capacitado para investigar mais a fundo.

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Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/

Magro e com resistência à insulina?

Quando pensamos em resistência insulínica, logo vem à mente a imagem de alguém acima do peso. Mas a verdade é que muitas pessoas magras também podem ter resistência à insulina — e isso nem sempre é percebido a tempo.

A resistência insulínica acontece quando as células do corpo não conseguem responder adequadamente à insulina, o hormônio responsável por colocar a glicose dentro das células para gerar energia. Como consequência, o pâncreas produz cada vez mais insulina, gerando um estado inflamatório silencioso que pode evoluir para doenças metabólicas.

Exames que indicam resistência insulínica em pessoas magras

Mesmo estando dentro do peso, alguns exames laboratoriais podem revelar alterações típicas de resistência à insulina:

  • Ácido úrico alto – sinal de sobrecarga metabólica.

    • Homens: acima de 7,0 mg/dL (ideal < 4,9)

    • Mulheres: acima de 6,0 mg/dL (ideal < 3,9)

  • Triglicerídeos elevados – frequentemente associados à má utilização da glicose.

    • Ideal: menor que 100 mg/dL

    • Normal: menor que 150 mg/dL

    • Limítrofe/Alto normal: 150–199 mg/dL

    • Alto: 200–499 mg/dL

    • Muito alto: ≥ 500 mg/dL

  • Insulina em jejum alta – o corpo precisa produzir mais insulina para manter a glicemia controlada.

    • Ideal / ótimo: até 5 µU/mL

  • HDL < 60 – o “colesterol protetor” abaixo do ideal também indica risco metabólico. Adequado por sexo:

    • H: 50 a 73 mg/dL

    • M: 60 a 93 mg/dL

  • HOMA-IR alto – calculado pela fórmula (glicose em jejum x insulina em jejum) / 405; valores acima de 2 sugerem resistência insulínica.

    • Ideal: < 1,0

  • Hemoglobina glicada (HbA1c) > 5,5% – já sugere resistência insulínica.

  • Hemoglobina glicada (HbA1c) > 5,7% – é considerada pré-diabetes.

Por que isso acontece mesmo em quem é magro?

Diversos fatores podem levar à resistência insulínica mesmo em pessoas com peso normal:

  • Alimentação rica em carboidratos simples e ultraprocessados;

  • Sedentarismo;

  • Baixa massa muscular;

  • Aumento de gordura visceral;

  • Estresse crônico;

  • Má qualidade do sono;

  • Síndrome dos Ovários Policísticos;

  • Fatores genéticos.

    • IRs-1 e IRS-2

    • PPAY-y

    • TCF7L2

Riscos da resistência insulínica

A resistência insulínica é silenciosa, mas com o tempo pode trazer várias complicações sérias. Entre os principais riscos estão:

🩸 Diabetes tipo 2:

Quando o pâncreas não consegue mais compensar a resistência com produção extra de insulina, a glicose sobe e evolui para pré-diabetes e, depois, diabetes tipo 2.

❤️ Doenças cardiovasculares

  • Aumenta o risco de infarto e AVC.

  • Está associada a colesterol ruim (LDL) oxidado, HDL baixo e triglicerídeos altos.

  • Favorece o processo inflamatório e aterosclerose.

⚖️ Síndrome metabólica

Conjunto de alterações: pressão alta, glicemia elevada, triglicerídeos altos, HDL baixo e aumento da circunferência abdominal.

🧠 Doenças neurodegenerativas

A resistência insulínica tem sido chamada de “diabetes tipo 3”, devido à sua relação com maior risco de Alzheimer e declínio cognitivo.

♀️ Síndrome dos Ovários Policísticos (SOP)

Em mulheres, a resistência insulínica piora o quadro de SOP, causando irregularidade menstrual, dificuldade para engravidar e aumento de hormônios androgênicos.

🫀 Esteatose hepática (gordura no fígado)

Mesmo em pessoas magras, a resistência insulínica pode levar ao acúmulo de gordura no fígado, aumentando o risco de cirrose e câncer hepático a longo prazo.

🦵 Gota e inflamação crônica

O ácido úrico elevado, comum na resistência insulínica, favorece crises de gota, dores articulares e inflamações silenciosas no corpo.

O que fazer diante desse diagnóstico?

Se os exames já mostram alterações, é hora de agir. Alguns passos fundamentais incluem:

  • Ajustar a alimentação, priorizando proteínas, gorduras boas e carboidratos de baixo índice glicêmico;

  • Praticar exercícios físicos regularmente, especialmente musculação e atividades aeróbicas;

  • Dormir bem e reduzir o estresse;

  • Avaliar necessidade de magnésio, vitamina D, ômega-3, cromo, ácido alfa-lipoico, berberina, probióticos, inositol.

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Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/