Blintelix + Rhodiola

Associar Blintelix (nome comercial da vortioxetina) com Rhodiola rosea pode ser considerado por algumas pessoas buscando um tratamento mais abrangente para sintomas como depressão, ansiedade, fadiga mental e baixa motivação. No entanto, é essencial entender os riscos e benefícios antes de combinar esses dois compostos.

Associação Blintelix e Rhodiola

  1. Vortioxetina (Blintelix):

    • Antidepressivo multimodal (inibidor seletivo da recaptação de serotonina + ação em outros receptores serotoninérgicos).

    • Usado para depressão maior, ansiedade e melhora da função cognitiva.

  2. Rhodiola rosea:

    • Planta adaptógena com efeitos ansiolíticos e antifadiga.

    • Pode melhorar resistência ao estresse, clareza mental e energia.

  3. Potencial sinérgico:

    • A Rhodiola pode ajudar com fadiga e "névoa mental" que nem sempre respondem totalmente aos antidepressivos.

    • Pode melhorar motivação e energia em pacientes que ainda se sentem apáticos ou exaustos apesar do uso de Blintelix.

Antes de associar é importante conversar com o psiquiatra. A supervisão profissional é essencial para avaliar:

  • Dose apropriada.

  • Interações medicamentosas.

  • Possíveis efeitos colaterais.

  • Indicações clínicas reais para essa combinação.

Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/

Crisina na inibição da aromatase

Crisina (5,7-dihidroxiflavona) é um flavonoide natural encontrado em plantas como a passiflora (maracujá), mel e própolis, tem sido estudada por sua capacidade de inibir a enzima aromatase.

O que é a aromatase?

A aromatase é uma enzima que converte andrógenos (como testosterona) em estrógenos (como estradiol). Essa conversão ocorre principalmente no tecido adiposo, ovários, testículos e cérebro.

A crisina atua como um inibidor natural da aromatase, ou seja, reduz a atividade dessa enzima e, consequentemente, diminui a conversão de testosterona em estrógeno.

Por que isso é importante?

1. Em homens:

  • Preservação da testosterona: Ao reduzir a conversão em estrógeno, pode ajudar a manter níveis mais altos de testosterona.

  • Uso em terapia de reposição hormonal: Pode ajudar a evitar efeitos colaterais como ginecomastia (aumento das mamas).

  • Interesse em fisiculturismo: Usada com o objetivo de aumentar a relação testosterona/estrógeno.

2. Em mulheres:

  • Tratamento de câncer de mama hormônio-dependente: A redução de estrógeno pode ser benéfica em alguns tipos de câncer de mama que crescem estimulados por esse hormônio.

3. Potencial uso como suplemento natural:

  • A crisina já foi estudada como alternativa aos inibidores sintéticos de aromatase, com o apelo de ser “natural” — embora sua biodisponibilidade oral seja muito baixa, o que limita sua eficácia prática em humanos (sem modificações farmacológicas).

  • Potencial atividade antioxidante e anti-inflamatória, que pode atuar no microambiente inflamatório do tecido adiposo.

Suplementos de crisina

  • Crisina oral: baixa biodisponibilidade (< 1%) Tem baixa solubilidade em água (~0,003 g/100 mL), o que dificulta formulações líquidas hidrossolúveis. Idealmente deve formulada em nanopartículas, lipossomas. Na inexistência desta tecnologia, associar com piperina, veículo lipofílico (óleo de semente de uva ou TCM ou lecitina) e cápsula gastroresistente.

  • Crisina tópica: poucos estudos suportam sua penetração cutânea eficaz; pode ser encapsulada em sistemas nanoestruturados (ex: nanoesferas, lipossomas).

Outros inibidores de aromatase:

  • Apigenina (flavonoide de ação moderada): também tem baixa solubilidade

  • Resveratrol: inibe aromatase e modula receptores. Estável em cápsulas.

  • Ácido ursólico: inibidor da expressão do gene da aromatase. Solúvel em óleo.

  • Anastrozol, letrozol: inibidores sintéticos potentes, prescritos por médicos, com controle rigoroso.

Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/

Efeito protetor da Withamnia somnifera na doença de Parkinson

A Withania somnifera, comumente conhecida como Ashwagandha, demonstrou potencial promissor no tratamento da doença de Parkinson por meio de vários mecanismos:

- Efeitos Neuroprotetores: Um estudo demonstrou que o extrato de Withania somnifera reverteu significativamente os déficits neurocomportamentais e os marcadores bioquímicos de estresse oxidativo em um modelo de rato com doença de Parkinson induzida por 6-hidroxidopamina (6-OHDA). O extrato foi administrado de forma dose-dependente, demonstrando melhorias na peroxidação lipídica, nos níveis de glutationa e na atividade dos receptores dopaminérgicos [1].

- Combinação com Outras Ervas: Pesquisas comparando Withania somnifera com Centella asiática indicaram que ambos os extratos poderiam melhorar os comprometimentos bioquímicos e comportamentais em um modelo de Parkinson. No entanto, a combinação não apresentou efeitos aprimorados em comparação aos extratos individuais, destacando a necessidade de uma avaliação cuidadosa das misturas de ervas [2].

- Mecanismos de Ação: Acredita-se que Withania somnifera exerça seus efeitos neuroprotetores por meio de mecanismos como a redução do estresse oxidativo, da inflamação e a promoção da função mitocondrial. Essas ações são cruciais na mitigação dos processos neurodegenerativos associados à doença de Parkinson [3].

- Interações Moleculares: Estudos in silico identificaram que alcaloides de Withania somnifera interagem favoravelmente com enzimas implicadas em doenças neurodegenerativas, sugerindo potenciais vias terapêuticas para condições como a doença de Parkinson [4].

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Referências

1) M Ahmad et al. Neuroprotective effects of Withania somnifera on 6-hydroxydopamine induced Parkinsonism in rats. Human & experimental toxicology (2005). https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/15901053/

2) M Bhatnagar et al. Complete Comparison Display (CCD) evaluation of ethanol extracts of Centella asiatica and Withania somnifera shows that they can non-synergistically ameliorate biochemical and behavioural damages in MPTP induced Parkinson's model of mice. PloS one (2017). https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/28510600/

3) S Jhooty et al. ALSUntangled #74: Withania Somnifera (Ashwagandha). Amyotrophic lateral sclerosis & frontotemporal degeneration (2024). https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/38318860/

4) R Chen et al. Deciphering the Withania somnifera alkaloids potential for cure of neurodegenerative disease: an in-silico study. AMB Express (2025). https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/39945943/

Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/