Crisina (5,7-dihidroxiflavona) é um flavonoide natural encontrado em plantas como a passiflora (maracujá), mel e própolis, tem sido estudada por sua capacidade de inibir a enzima aromatase.
O que é a aromatase?
A aromatase é uma enzima que converte andrógenos (como testosterona) em estrógenos (como estradiol). Essa conversão ocorre principalmente no tecido adiposo, ovários, testículos e cérebro.
A crisina atua como um inibidor natural da aromatase, ou seja, reduz a atividade dessa enzima e, consequentemente, diminui a conversão de testosterona em estrógeno.
Por que isso é importante?
1. Em homens:
Preservação da testosterona: Ao reduzir a conversão em estrógeno, pode ajudar a manter níveis mais altos de testosterona.
Uso em terapia de reposição hormonal: Pode ajudar a evitar efeitos colaterais como ginecomastia (aumento das mamas).
Interesse em fisiculturismo: Usada com o objetivo de aumentar a relação testosterona/estrógeno.
2. Em mulheres:
Tratamento de câncer de mama hormônio-dependente: A redução de estrógeno pode ser benéfica em alguns tipos de câncer de mama que crescem estimulados por esse hormônio.
3. Potencial uso como suplemento natural:
A crisina já foi estudada como alternativa aos inibidores sintéticos de aromatase, com o apelo de ser “natural” — embora sua biodisponibilidade oral seja muito baixa, o que limita sua eficácia prática em humanos (sem modificações farmacológicas).
Potencial atividade antioxidante e anti-inflamatória, que pode atuar no microambiente inflamatório do tecido adiposo.
Suplementos de crisina
Crisina oral: baixa biodisponibilidade (< 1%) Tem baixa solubilidade em água (~0,003 g/100 mL), o que dificulta formulações líquidas hidrossolúveis. Idealmente deve formulada em nanopartículas, lipossomas. Na inexistência desta tecnologia, associar com piperina, veículo lipofílico (óleo de semente de uva ou TCM ou lecitina) e cápsula gastroresistente.
Crisina tópica: poucos estudos suportam sua penetração cutânea eficaz; pode ser encapsulada em sistemas nanoestruturados (ex: nanoesferas, lipossomas).
Outros inibidores de aromatase:
Apigenina (flavonoide de ação moderada): também tem baixa solubilidade
Resveratrol: inibe aromatase e modula receptores. Estável em cápsulas.
Ácido ursólico: inibidor da expressão do gene da aromatase. Solúvel em óleo.
Anastrozol, letrozol: inibidores sintéticos potentes, prescritos por médicos, com controle rigoroso.