Menopausa aumenta o risco de obesidade

A prevalência de sobrepeso após a entrada na menopausa é de aproximadamente 67%. Mesmo mulheres anteriormente magras têm um risco entre 2 a 4 vezes maior de ganho de peso excessivo nesta fase. O aumento percentual médio de peso na transição menopausal é de 15%. Isto significa que quanto mais saudável a mulher estiver entre os 40 e 50 anos melhor.

A maioria das mulheres chega à menopausa entre os 52 e 55 anos. Nesta fase é comum observarem maior acúmulo de gordura na região abdominal, o que aumenta o risco de doenças metabólicas, como resistência insulínica, diabetes, hipertensão, doença arterial coronariana e esteatose hepática. Entre os 50 e 60 anos, as mulheres ganham, em média, 6,8 kg, independentemente do tamanho corporal inicial ou raça.

A queda do estradiol aumenta a resistência insulínica. Por isso, dietas com menos carboidratos e atividade física são fundamentais. Além disso, recomenda-se a reposição hormonal para mulheres sem fatores de risco.

A resistência insulina aumenta a fome e a circunferência da cintura. Para mulheres com resistência insulínica a metformina pode ser uma opção. Mulheres fazendo uso da medicação devem repor a vitamina B12 para redução do risco de depressão, que também é mais comum nesta fase. Precisa de ajuda? Marque aqui sua consulta de nutrição online.

A musculação é importante pois a queda de estrogênio leva a uma redução da massa magra. O ganho de músculo aumenta a taxa metabólica basal e reduz o ganho de peso.

Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/

As 3 fases de maior risco de depressão entre mulheres

O risco de depressão em mulheres pode variar ao longo da vida, influenciado por fatores hormonais, psicológicos e sociais. Três fases particularmente sensíveis são:

1. Adolescência

  • Causas principais: mudanças hormonais da puberdade, questões de imagem corporal, pressão social e escolar.

  • Sintomas comuns: irritabilidade, isolamento, baixa autoestima, mudanças no sono e apetite.

  • Risco aumentado: início precoce de transtornos depressivos, especialmente em meninas com histórico familiar ou experiências traumáticas.

2. Período perinatal (gravidez e pós-parto)

  • Causas principais: flutuações hormonais, ansiedade em relação à maternidade, falta de apoio, privação de sono.

  • Formas de manifestação: depressão perinatal (durante a gestação) e depressão pós-parto (após o nascimento do bebê).

  • Risco aumentado: histórico de depressão, gestações não planejadas ou complicações no parto.

3. Climatério e menopausa

  • Causas principais: queda nos níveis de estrogênio, alterações no sono, sintomas vasomotores (como ondas de calor), sensação de envelhecimento.

  • Sintomas comuns: tristeza persistente, irritabilidade, perda de interesse em atividades, fadiga.

  • Risco aumentado: histórico de depressão, dificuldades no relacionamento ou mudanças significativas na vida.

Essas fases requerem atenção especial de profissionais de saúde para prevenção e tratamento precoce. Aprenda mais no curso Psiconutrição.

Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/

Medicação psiquiátrica e síndrome serotoninérgica

Atendi uma criança com autismo, hipermedicada, irrequieta, agitada (anda o dia todo de um lado para outro), chorosa, dormindo mal, com diarreia. A mãe buscou atendimento para conversar sobre suplementos. Mas, em virtude do sofrimento da criança encaminhei primeiramente de volta para o psiquiatra para avaliação da síndrome serotoninérgica e revisão da medicação.

A síndrome serotoninérgica é uma condição potencialmente grave causada pelo excesso de serotonina no sistema nervoso central. Geralmente ocorre como efeito colateral do uso de medicamentos e suplementos que aumentam os níveis de serotonina.

Sintomas da Síndrome Serotoninérgica

Muitos suplementos podem aumentar o risco ou piorar a síndrome serotoninérgica, como erva de São João (Hypericum perforatum), 5-HTP (5-hidroxitriptofano), L-triptofano, Ginseng, Taurina (mais raro), Mucuna pruriens (rica em L-DOPA). É muito importante tomar medicamentos e suplementos com prescrição. Após a prescrição os efeitos devem ser avaliados. É muito possível que as doses iniciais precisem ser modificadas.

Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/