Menopausa e Saúde Mental: O Papel da Alimentação no Equilíbrio Emocional e Hormonal

A menopausa é um dos períodos de maior transformação na vida da mulher. Mais do que o fim do ciclo reprodutivo, ela representa uma mudança profunda no funcionamento hormonal — o que pode afetar não só o corpo, mas também as emoções, a autoestima, o sono e a saúde mental.

E, sim, a alimentação pode ser uma grande aliada nesse processo. A nutrição adequada ajuda a modular sintomas como ansiedade, irritabilidade, insônia e depressão, além de proteger o coração, os ossos e o metabolismo.

Menopausa e emoções: o que está por trás das mudanças?

Com a queda dos níveis de estrogênio e progesterona, é comum surgirem sintomas como:

  • Tristeza inexplicável

  • Labilidade emocional (variações de humor intensas)

  • Fadiga mental

  • Ansiedade e insônia

  • Baixa libido

Esses efeitos não são apenas “psicológicos” — eles têm base hormonal e bioquímica. E a forma como você se alimenta pode influenciar diretamente essa resposta do organismo.

Estudos mostram que as mulheres com mais sintomas vasomotores (ondas de calor e sudorese noturna) também tem mais alterações cognitivas, como dificuldade de memória e concentração e emocionais (como alterações de humor e ansiedade). Isto porque alterações vasomotoras também relacionam-se a mais microlesões cerebrais, mostradas em estudos de ressonância.

Nutrição como terapia complementar

A abordagem nutricional para menopausa e saúde emocional deve incluir:

✔️ Alimentos fitoestrogênicos naturais (como linhaça, tofu e grão-de-bico)
✔️ Nutrientes que favorecem a produção de serotonina e GABA (magnésio, triptofano, vitaminas B)
✔️ Proteínas de alto valor biológico para manter a massa magra e o metabolismo
✔️ Alimentos anti-inflamatórios que reduzem ondas de calor e protegem o cérebro
✔️ Suplementação estratégica (quando necessário), baseada em exames e sintomas

Sintomas emocionais não são “frescura”

A depressão na menopausa é real. O aumento da vulnerabilidade emocional nesse período exige cuidados multidisciplinares. A nutrição, nesse contexto, não substitui seu tratamento psicológico ou psiquiátrico, mas o potencializa — de forma natural, segura e eficaz.

Por que trabalhar comigo?

Sou nutricionista clínica com formações em Nutrição Funcional, Psiquiatria Nutricional e Fitoterapia. Tenho mais de 20 anos de experiência no acompanhamento de mulheres em todas as fases da vida, incluindo perimenopausa, menopausa e climatério. Fiz meu doutorado em parceria entre UnB/Faculdade de Saúde Pública de Harvard.

Ofereço atendimentos online com total confidencialidade e foco no cuidado integral. Se você está passando por esse período de transição e busca um plano alimentar que respeite seu corpo e sua mente, marque aqui sua consulta de nutrição.

Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/

Suporte à Saúde Durante a Menopausa com Fitonutrientes

A mulher é diagnosticada como menopausada quando não tem menstruação há 12 meses consecutivos, devido à falência ovariana. A maior parte das mulheres entra na menopausa entre os 52 e 55 anos. Mas entre 8 e 10 anos antes da menopausa (ou seja, a partir dos 42 anos) os ciclos menstruais já podem ser mais irregulares e imprevisíveis. Com isso, surgem sintomas e é aqui que precisamos já atuar para melhorar a qualidade de vida e prevenir doenças futuras.

Na perimenopausa, também chamada de transição menopausal, muitas mulheres sentem que a TPM está agravada, que o sono não é tão reparador, que a irritabilidade é maior, que os valores de glicose na corrente sanguínea aumentam e, com isso, o acúmulo de gordura abdominal. A microbiota vaginal também pode mudar, assim como a libido.

Contudo, um estilo de vida saudável contribui para menos sintomas, melhor saúde metabólica e também mental. Atividade física, alimentação low carb e antiinflamatória, momentos de descanso e uso de ervas podem ajudar bastante. Dentre os fitoterápicos mais estudados estão:

Trifolium pratense (Trevo Vermelho)

Extratos de isoflavona de trevo vermelho podem contribuir para o alívio dos sintomas da menopausa, como ondas de calor. Alguns estudos também sugerem benefícios limitados para a saúde óssea e a função cardiovascular.

Salvia officinalis (Sálvia)

A sálvia foi identificada como eficaz no tratamento dos sintomas agudos da menopausa, particularmente ondas de calor. Ela atua por meio de vários mecanismos, embora estudos específicos detalhando seus efeitos durante a menopausa não tenham sido destacados nos resultados fornecidos.

Rhodiola rosea

A Rhodiola rosea é proposta como um potencial modulador seletivo do receptor de estrogênio (SERM) que pode ajudar a mitigar problemas relacionados à menopausa, como fadiga, alterações de humor e declínio cognitivo. Possui propriedades neuroprotetoras e cardioprotetoras, que podem ser benéficas durante a menopausa. Ativa vias de sinalização intracelular e possui efeitos anti-inflamatórios, o que pode neutralizar alguns dos impactos negativos da perda de estrogênio.

Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/

Transtorno alimentar x Comer transtornado

A diferença entre transtorno alimentar e comer transtornado está na gravidade e na regularidade dos sintomas.

Transtorno Alimentar

São condições psiquiátricas diagnosticáveis, caracterizadas por padrões persistentes e disfuncionais de alimentação que afetam a saúde física e mental. Exemplos incluem:

  • Anorexia Nervosa (restrição alimentar extrema, medo intenso de ganhar peso)

  • Bulimia Nervosa (episódios de compulsão alimentar seguidos de comportamentos compensatórios, como vômito ou uso de laxantes)

  • Transtorno da Compulsão Alimentar (comer grandes quantidades de comida em pouco tempo, sem controle e sem comportamentos compensatórios)

Comer Transtornado

Refere-se a comportamentos alimentares irregulares ou prejudiciais, mas sem critérios suficientes para um diagnóstico formal de transtorno alimentar. Exemplos incluem:

  • Pular refeições frequentemente

  • Comer por emoções (ansiedade, estresse, tédio)

  • Sentir culpa excessiva ao comer determinados alimentos

  • Ter padrões alimentares muito restritivos, mas sem atingir o nível clínico de anorexia

O comer transtornado pode ser um alerta para o desenvolvimento de um transtorno alimentar se não for tratado, mas por si só não é considerado uma doença mental. Aprenda mais no curso online Psiconutrição.

Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/