Seu Intestino e o Risco de Parkinson e Demência 🧠

Você sabia que o intestino pode estar envolvido no início da Doença de Parkinson e na demência por corpos de Lewy? Estudos mostram que proteínas malformadas podem começar a se acumular no sistema digestivo antes mesmo de afetar o cérebro! 😱

🔬 O que acontece?

No intestino, um desequilíbrio da microbiota pode aumentar a produção e agregação da alfa-sinucleína, uma proteína envolvida na neurodegeneração.
A disbiose torna o intestino mais permeável ("vazado") permitindo a passagem de toxinas e moléculas inflamatórias para a corrente sanguínea. Isso ativa o sistema imune a desencadeia uma inflamação crônica de baixo grau.

Algumas bactérias intestinais podem produzir lipopolissacardídeos (LPS) e metabólitos tóxicos que afetam os neurônios e aumentam o estresse oxidativo, estimulando a produção excessiva da alfa-sinucleína.

O nervo vago, que conecta o intestino e o cérebro, pode transportar essa proteína mal formada até o sistema nervoso central. Estima-se que 33% dos casos de Parkinson e 66% dos casos de demência por corpos de Lewy comecem no intestino.

💡 Como se proteger?

✅ Alimente-se bem – Priorize fibras, probióticos e antioxidantes.
✅ Evite #inflamações – Reduza o consumo de alimentos #ultraprocessados e açúcares.
✅ Movimente-se – Exercícios físicos ajudam a saúde intestinal e cerebral.
✅ Gerencie o #estresse – Meditação e boas noites de sono fazem a diferença!

Cuidar do intestino é cuidar do cérebro! 🧠💚 Mantenha sua saúde digestiva em dia e proteja seu futuro. Precisa de ajuda? Marque aqui sua consulta online.

Referências
doi:10.1007/s00401-020-02233-8
doi:10.3233/JPD-202481
doi:10.1093/brain/aww230
doi:10.1007/s00401-015-1485-1
doi:10.3233/JPD-240019
doi:10.1001/jamaneurol.2021.3895
doi:10.1093/ibd/izy190

Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/

Probióticos para o tratamento da SIBO

SIBO (Supercrescimento Bacteriano no Intestino Delgado) é uma condição em que há um aumento anormal da quantidade de bactérias no intestino delgado, levando a sintomas gastrointestinais desconfortáveis.

Quando suspeitar de SIBO?

  • Distensão abdominal constante, especialmente após refeições.

  • Gases excessivos, diarreia ou constipação frequente.

  • Intolerância a carboidratos fermentáveis (FODMAPs).

  • Sensação de fermentação e estufamento.

  • Fadiga, problemas de concentração (brain fog) e deficiência de B12.

Possíveis causas do SIBO

  • Disfunção do trânsito intestinal: Motilidade reduzida pode permitir o crescimento excessivo de bactérias.

  • Uso frequente de antibióticos: Pode alterar a microbiota intestinal.

  • Baixa produção de ácido gástrico: Favorece a proliferação de bactérias no intestino delgado.

  • Síndrome do intestino irritável (SII): Frequentemente associada ao SIBO.

  • Doenças autoimunes: Como esclerodermia e diabetes podem afetar a motilidade intestinal.

  • Cirurgias gastrointestinais prévias: Como ressecção do intestino ou bypass gástrico.

  • Dieta rica em açúcares e carboidratos fermentáveis: Favorece o crescimento excessivo de bactérias.

Diagnóstico da SIBO

O diagnóstico de SIBO é feito principalmente por meio de testes respiratórios que detectam a fermentação anormal causada pelo crescimento excessivo de bactérias no intestino delgado. Os principais métodos para diagnóstico são:

1. Teste Respiratório de Hidrogênio e Metano (Teste do H2 e CH4 Expirado) – Padrão Ouro

O paciente ingere uma solução de lactulose ou glicose. Em seguida, sopra em tubos ou dispositivos específicos a cada 15-20 minutos por até 3 horas. Se houver supercrescimento bacteriano, as bactérias fermentam esses açúcares e produzem hidrogênio (H2), metano (CH4) ou ambos, que são detectados no ar expirado.

Resultados indicativos de SIBO:

  • Aumento de H2: Indica SIBO predominante em hidrogênio (geralmente associado a diarreia).

  • Aumento de CH4: Indica SIBO metanogênico (mais associado a constipação).

  • Aumento de ambos: Indica um caso misto.

2. Cultura do Aspirado do Intestino Delgado (menos comum)

Consiste na coleta de líquido diretamente do intestino delgado por endoscopia com aspiração jejunal. Se houver >10⁵ unidades formadoras de colônia/ml de bactérias, confirma-se o diagnóstico. Apesar de ser considerado um método preciso, é invasivo e pouco realizado na prática clínica.

3. Exames Indiretos (auxiliares)

Embora não confirmem SIBO sozinhos, alguns exames podem indicar a presença da condição:

  • Deficiências de vitaminas e minerais (B12, ferro, magnésio).

  • Teste de ácidos biliares fecais (indica má absorção).

  • Exame de fezes para disbiose (pode sugerir desequilíbrio intestinal).

  • Análise de enzimas hepáticas.

Tratamento da SIBO

O tratamento do SIBO (Supercrescimento Bacteriano no Intestino Delgado) envolve a redução do excesso de bactérias, a melhora da motilidade intestinal e a recuperação da saúde digestiva. Ele geralmente ocorre em três fases: eliminação, reparação e manutenção.

1. Fase de Eliminação (Redução das Bactérias)

Nesta fase, utiliza-se antibióticos específicos ou tratamentos naturais para reduzir o crescimento excessivo de bactérias.

Opção 1: Antibióticos (usados por 10 a 14 dias)

  • Rifaximina → eficaz para SIBO de hidrogênio (diarreia).

  • Rifaximina + Neomicina → indicado para SIBO metanogênico (constipação).

Opção 2: Fitoterápicos (Alternativa Natural) (usados por 4 a 6 semanas)

  • Óleo de orégano (antibacteriano natural).

  • Berberina (excelente para regular bactérias intestinais).

  • Alho envelhecido (Allimed – efeito antimicrobiano).

2. Fase de Reparação (Recuperação do Intestino)

Após a eliminação das bactérias, é necessário restaurar a saúde do intestino e melhorar a digestão.

Dieta para SIBO

A alimentação é essencial para evitar a fermentação bacteriana e aliviar sintomas. As dietas mais recomendadas incluem:

  • Dieta Baixa em FODMAPs → reduz carboidratos fermentáveis.

  • Dieta Elementar → shakes nutritivos fáceis de digerir, indicados para casos graves.

  • Dieta específica para carboidratos (SCD) → restringe açúcares complexos.

Suplementos para Reparação

  • Enzimas digestivas → ajudam a quebrar os alimentos e reduzem fermentação.

  • Ácido butírico → auxilia na regeneração da mucosa intestinal.

  • Glutamina → melhora a barreira intestinal e reduz inflamação.

  • Bile ou ácido clorídrico (HCl) → para quem tem baixa produção de ácido gástrico.

3. Fase de Manutenção (Prevenção de Recorrência)

SIBO pode voltar caso os fatores predisponentes não sejam resolvidos. Para evitar a recorrência, recomenda-se:

1. Melhorar a Motilidade Intestinal

  • Uso de pró-cinéticos naturais (gengibre, triptofano).

  • Jejum de 4 a 5 horas entre refeições (para ativar o Complexo Migratório Motor – CMM).

2. Reintrodução Alimentar Gradual

  • Voltar com alguns alimentos proibidos aos poucos para evitar recaídas.

3. Uso Estratégico de Probióticos

Os probióticos para SIBO devem ser selecionados com cautela, pois algumas cepas podem piorar os sintomas. Os mais indicados incluem:

  • Saccharomyces boulardii: Um fungo benéfico que ajuda a reduzir inflamação e diarreia.

  • Lactobacillus plantarum e Bifidobacterium infantis: Podem auxiliar na regulação da microbiota intestinal.

  • Megasporebiotic: Uma fórmula de esporos probióticos que ajuda a modular a microbiota.

A opção pelo uso ou não do probiótico depende da sintomatologia do paciente, tolerância e hábito intestinal.

Precisa de ajuda? Marque aqui sua consulta de nutrição online.

Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/

Menus Infantis em Restaurantes de Centros Comerciais: Estamos a Alimentar Bem as Crianças?

Cada vez mais famílias fazem refeições fora de casa, especialmente em centros comerciais, devido à praticidade e conveniência. No entanto, a qualidade nutricional dos menus infantis nesses espaços deixa muito a desejar.

Um estudo analisou os menus infantis oferecidos em restaurantes de centros comerciais em Portugal e revelou que a maioria das opções disponíveis está longe de ser saudável. Vamos entender melhor os principais problemas identificados e como podemos melhorar a alimentação das crianças nesses espaços.

O Que as Crianças Estão a Comer nos Restaurantes?

A pesquisa analisou 184 restaurantes diferentes e descobriu que apenas 44 (24%) oferecem menus infantis. Dentro dessas opções, os alimentos mais comuns são:

🍗 Frango assado ou frito (25%)
🍔 Hambúrgueres grelhados ou fritos (25%)
🍕 Pizza (18%)
🍗 Nuggets (18%)

Os acompanhamentos também preocupam:
🍟 Batatas fritas são a opção mais oferecida (41%).
🥗 Apenas 6 restaurantes incluem sopa ou hortícolas no menu infantil.

Além disso, embora a água esteja disponível, refrigerantes e sumos açucarados são amplamente oferecidos como opções principais. E para completar, sobremesas doces são comuns, enquanto a fruta aparece raramente nos menus.

Por Que Isso É Preocupante?

A alimentação infantil inadequada pode trazer diversos impactos negativos para a saúde das crianças, tais como:

⚠️ Obesidade infantil – Alimentos altamente calóricos e ricos em gorduras favorecem o ganho de peso excessivo.
⚠️ Deficiências nutricionais – A baixa presença de frutas, vegetais e cereais integrais compromete a ingestão de vitaminas, fibras e minerais essenciais.
⚠️ Risco de doenças futuras – O consumo elevado de gorduras saturadas, açúcares e sal pode aumentar o risco de problemas cardiovasculares, diabetes e hipertensão na vida adulta.

Além disso, as crianças estão a desenvolver hábitos alimentares que podem acompanhá-las ao longo da vida. Se as refeições fora de casa forem sempre baseadas em fritos e processados, elas podem criar uma preferência por esse tipo de alimentação.

A Estratégia dos Brindes e o Marketing Infantil

Outro fator preocupante identificado no estudo é que alguns restaurantes oferecem brindes e brinquedos como parte do menu infantil. Esta estratégia de marketing incentiva as crianças a escolherem opções pouco saudáveis, uma vez que associam o alimento à recompensa.

Nos últimos anos, algumas empresas começaram a rever essa prática, substituindo brindes por opções educativas ou permitindo que os pais escolham versões mais saudáveis do menu infantil. No entanto, ainda há um longo caminho a percorrer.

Como Melhorar a Alimentação das Crianças Fora de Casa?

Se você costuma comer fora com crianças, há algumas estratégias que podem ajudar a fazer escolhas mais saudáveis:

Prefira restaurantes que ofereçam opções equilibradas – Escolha locais que incluam legumes, proteínas magras e frutas no menu infantil.
Troque acompanhamentos fritos por versões mais saudáveis – Peça salada, arroz ou purê de legumes em vez de batatas fritas.
Dê prioridade à água – Evite refrigerantes e sumos açucarados, pois contêm grandes quantidades de açúcar.
Divida pratos adultos – Se o menu infantil não for saudável, uma opção pode ser dividir um prato mais equilibrado do menu normal.
Peça ajustes no prato – Muitos restaurantes permitem substituir fritos por grelhados ou adicionar vegetais à refeição.

O Que os Restaurantes Podem Fazer?

Para que a alimentação infantil seja mais equilibrada, os restaurantes também têm um papel fundamental. Algumas sugestões incluem:

🔹 Criar menus infantis mais variados – Incluir opções com grelhados, vegetais e frutas como padrão.
🔹 Oferecer bebidas saudáveis como padrão – A água deve ser a opção principal, com sumos naturais como alternativa.
🔹 Reformular o marketing – Brindes e brinquedos não devem estar ligados exclusivamente a menus pouco saudáveis.
🔹 Informar melhor os consumidores – Ter informação nutricional visível nos menus pode ajudar os pais a fazerem escolhas mais conscientes.

Conclusão

Os menus infantis nos restaurantes de centros comerciais portugueses ainda precisam de muitas melhorias. A predominância de alimentos fritos, processados e ricos em açúcar demonstra uma falta de preocupação com a saúde das crianças.

Enquanto pais e responsáveis, podemos fazer escolhas mais informadas e pressionar os estabelecimentos a oferecerem alternativas mais equilibradas. Ao mesmo tempo, os restaurantes devem assumir a responsabilidade de proporcionar opções saudáveis e saborosas para o público infantil.

Que tal começarmos a mudança hoje? Na próxima vez que for a um restaurante, escolha opções mais nutritivas para as crianças e incentive essa transformação!

Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/