Efeitos positivos da eliminação dos corantes artificiais sobre os sintomas do TDAH

A relação entre corantes artificiais e os sintomas do TDAH (Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade) tem sido amplamente estudada. Algumas pesquisas sugerem que certos corantes podem piorar a hiperatividade e a falta de atenção em crianças sensíveis.

Como os Corantes Afetam o TDAH?

Hiperatividade: Estudos indicam que corantes artificiais podem aumentar a agitação e a impulsividade.

Déficit de atenção: Algumas crianças podem apresentar maior dificuldade de concentração.

Irritabilidade e alterações de humor: Relatos de pais sugerem que certos corantes causam maior irritabilidade em crianças com TDAH.

Efeito placebo e variabilidade individual: Nem todas as crianças com TDAH são sensíveis a corantes. Algumas reagem fortemente, enquanto outras não apresentam mudanças.

Corantes Mais Suspeitos

Alguns dos corantes artificiais mais associados a sintomas de TDAH incluem:

🚫 Amarelo 5 (Tartrazina) – Pode causar irritabilidade e hiperatividade.

🚫 Amarelo 6 – Associado a reações alérgicas e agitação.

🚫 Vermelho 40 – Um dos corantes mais estudados, ligado à hiperatividade em crianças sensíveis.

🚫 Azul 1 e Azul 2 – Possível impacto no comportamento e no sistema nervoso.

🚫 Benzoato de sódio (conservante) – Muitas vezes usado com corantes, também associado à hiperatividade.

O Que Dizem os Estudos?

🔬 Estudos Europeus: A Agência Europeia de Segurança Alimentar (EFSA) revisou pesquisas e concluiu que corantes artificiais podem aumentar a hiperatividade em algumas crianças. Por isso, em 2010, a União Europeia exigiu que produtos contendo certos corantes viessem com o aviso:

"Pode causar efeitos negativos na atividade e atenção das crianças."

🔬 Estudo da Universidade de Southampton (2007): Demonstrou que misturas de corantes artificiais e benzoato de sódio aumentaram a hiperatividade em crianças.

Alternativas Naturais

✅ Corantes naturais: Beterraba (vermelho), cúrcuma (amarelo), urucum (laranja).

✅ Dieta mais natural: Evitar produtos ultraprocessados e priorizar alimentos integrais.

✅ Monitoramento alimentar: Manter um diário alimentar para identificar possíveis gatilhos.

Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/

Síndrome Antifosfolipídica (SAF)

A Síndrome Antifosfolipídica (SAF) é uma condição autoimune caracterizada pela presença de anticorpos que atacam fosfolipídios – componentes das membranas celulares, principalmente em células endoteliais (dentro dos vasos sanguíneos). Esses anticorpos causam aumento do risco de coagulação, o que pode levar a eventos trombóticos, como trombose venosa, arterial, AVCs e abortos espontâneos.

Causas

A SAF pode ser primária ou secundária:

  • Primária: Não está associada a nenhuma outra condição. A causa exata é desconhecida, mas fatores genéticos e ambientais (como infecções e medicamentos) podem desencadear a doença.

  • Secundária: Está associada a outras condições autoimunes, como o lúpus eritematoso sistêmico (LES), onde o sistema imunológico ataca os próprios tecidos e células.

Consequências

As principais consequências da SAF estão relacionadas à trombose (formação de coágulos), que pode ocorrer em diversas partes do corpo, como:

  1. Trombose venosa profunda (TVP): Formação de coágulos nas veias, principalmente nas pernas.

  2. Embolia pulmonar: Quando um coágulo se solta e viaja até os pulmões, obstruindo uma artéria.

  3. Acidente vascular cerebral (AVC): Trombose nas artérias cerebrais, podendo causar paralisia, perda de fala ou até morte.

  4. Abortos espontâneos: Mulheres com SAF têm um risco mais elevado de perdas gestacionais, especialmente durante o primeiro trimestre da gravidez.

  5. Problemas cardiovasculares: Maior risco de infarto do miocárdio, especialmente em pessoas com outros fatores de risco, como hipertensão e colesterol elevado.

  6. Lesões renais: A formação de coágulos pode também afetar os rins, levando a insuficiência renal em casos graves.

Tratamento

O tratamento da Síndrome Antifosfolipídica visa prevenir os episódios de trombose e controlar os sintomas:

  1. Anticoagulantes:

    • O tratamento de primeira linha geralmente envolve o uso de anticoagulantes orais como a varfarina ou heparina em casos de trombose, para evitar a formação de novos coágulos.

    • Aspirina em doses baixas também pode ser recomendada, especialmente para prevenção de trombose arterial e durante a gravidez.

  2. Tratamento durante a gravidez:

    • Mulheres grávidas com SAF podem precisar de heparina ou enoxaparina (anticoagulantes injetáveis) para evitar abortos e complicações trombóticas.

  3. Imunossupressores: Em casos mais graves ou quando associada ao lúpus, medicamentos imunossupressores (como hidroxicloroquina ou corticosteroides) podem ser necessários.

  4. Monitoramento constante: A monitorização dos níveis de anticoagulantes, principalmente da atividade do INR (relacionada à varfarina), é fundamental para garantir o controle adequado da coagulação.

Nutrição no Tratamento da SAF

A nutrição tem um papel fundamental tanto na prevenção quanto no controle da SAF, considerando principalmente a prevenção de trombose e a saúde cardiovascular:

  1. Dieta e suplementação antioxidantes:

    Frutas e vegetais frescos, especialmente os ricos em vitamina C, E e betacaroteno, podem ajudar a reduzir a inflamação e o estresse oxidativo, fatores que agravam a formação de coágulos. Suplementos antioxidantes como coenzima Q10 são frequentemente utilizados. O resveratrol é um antioxidante encontrado em alimentos como uvas, framboesas e amendoins.

  2. Compostos antiinflamatórios

    Consumir alimentos ricos em ômega-3 (como peixes gordurosos, linhaça, chia e nozes) ajuda a reduzir a inflamação e pode ter um efeito anticoagulante suave, ajudando a prevenir a formação de coágulos.

    A curumina ameniza a inflamação no corpo e pode ajudar a inibir a produção de moléculas inflamatórias, como as citocinas. Estudos indicam que a curcumina pode ter um papel na modulação da resposta autoimune, o que é importante na SAF.

    O gengibre é outro poderoso anti-inflamatório natural, com compostos como os gingerois, que ajudam a reduzir a inflamação e melhoram a circulação.

    O chá verde contém compostos antioxidantes chamados catequinas (como a epigalocatequina galato, ou EGCG), que possuem efeitos anti-inflamatórios poderosos.

    O alho contém compostos como a alicina, que possuem propriedades anti-inflamatórias, antioxidantes e antimicrobianas.

    A vitamina D tem um papel importante na regulação do sistema imunológico e pode ajudar a modular a resposta autoimune.

  3. Redução de alimentos ricos em gordura saturada e trans:

    O controle de colesterol e triglicerídeos é fundamental para evitar complicações cardiovasculares, que podem agravar a condição.

  4. Alimentos ricos em vitamina K:

    A vitamina K está envolvida na coagulação sanguínea. Quem faz uso de anticoagulantes (como a varfarina) deve monitorar a ingestão de alimentos ricos em vitamina K (ex.: vegetais de folhas verdes), para evitar interações com o medicamento.

  5. Hidratação:

    A ingestão adequada de líquidos ajuda a evitar a sangria espessa, o que pode contribuir para a formação de coágulos. Também ajuda a manter o intestino mais saudável.

O tratamento da Síndrome Antifosfolipídica deve ser sempre individualizado e supervisionado por um médico especialista, como um reumatologista ou hematologista. A nutrição pode atuar como um coadjuvante importante, principalmente no controle da inflamação e na prevenção de complicações cardiovasculares. Se precisar de ajuda marque aqui sua consulta de nutrição online.

Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/

Índice de adiposidade visceral

O Índice de Adiposidade Visceral (IAV) é um indicador matemático que estima a quantidade de gordura visceral (aquela que envolve órgãos internos, como fígado e pâncreas) e o risco metabólico associado a doenças como diabetes tipo 2, síndrome metabólica e doenças cardiovasculares.

O IAV é diferente para homens e mulheres e usa as seguintes variáveis:

Classificação visual da gordura corporal de acordo com sua distribuição (Marcadenti, Abreu-Silva, 2015).

📌 Circunferência da cintura (cm)
📌 Índice de Massa Corporal (IMC)
📌 Triglicerídeos (mg/dL ou mmol/L)
📌 Colesterol HDL (mg/dL ou mmol/L)

Fórmulas do IAV

Pontos de Corte do IAV

Os valores considerados de risco elevado para síndrome metabólica e doenças cardiovasculares variam de acordo com a população avaliada, mas em geral podemos dizer que são:

Homens: VAI ≥ 2.0
Mulheres: VAI ≥ 1.8

📌 Valores mais baixos indicam menor risco metabólico e melhor saúde metabólica.

Em crianças e adolescentes os pontos de corte mudam (Oliveira et al., 2017). Um estudo italiano sugere pontos de corte mais baixos e que variam de acordo com a idade (Amato et al., 2011).

Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/