Cansaço por polimorfismo do gene AMPD1

Os polimorfismos de AMPD, ou seja, variações genéticas no gene AMPD1, que codifica a enzima adenosina monofosfato desaminase 1 (ou AMP deaminase) interferem na produção energética e bem-estar geral. Esta enzima é encontrada principalmente no músculo esquelético e desempenha um papel crítico no metabolismo energético, convertendo o monofosfato de adenosina (AMP) em monofosfato de inosina (IMP), um passo importante para manter o equilíbrio energético durante a contração muscular.

Polimorfismos AMPD1 comuns

O polimorfismo mais conhecido no gene AMPD1 é o C34T (também conhecido como rs17602729). Este polimorfismo resulta num códon de parada prematuro na posição 12 da proteína, levando a uma enzima não funcional. Pessoas com essa mutação podem ser heterozigotas (um alelo normal e um alelo mutado) ou homozigotas (ambos os alelos mutados).

Indivíduos homozigotos para a mutação C34T apresentam deficiência de AMPD1, o que significa que seus músculos não possuem AMP desaminase funcional. Isso pode levar a sintomas como:

  • intolerância ao exercício

  • cãibras musculares

  • Fadiga durante ou após o exercício

  • Queda no desempenho atlético, particularmente em atividades que exigem alta resistência.

Observação: enquanto algumas pessoas com a mutação apresentam resistência reduzida, outras podem não sentir quaisquer sintomas devido a mecanismos compensatórios.

Nem tudo é ruim! Alguns estudos sugerem que o polimorfismo AMPD1 pode proteger contra doenças cardíacas isquêmicas em certas populações. A ideia é que a atividade reduzida da AMPD1 possa levar a níveis mais elevados de AMP, o que poderia aumentar a disponibilidade de adenosina – uma molécula com efeitos protetores no coração.

O que fazer em relação ao cansaço?

Indivíduos com deficiência de AMPD1 podem beneficiar de intervenções destinadas a melhorar a função muscular ou a resistência, embora os tratamentos específicos não estejam amplamente estabelecidos.

Compreender o polimorfismo AMPD1 é importante no contexto da nutrição personalizada. Uma vez que o gene AMPD1 desempenha um papel crucial no metabolismo energético durante a atividade muscular, a manipulação da sua expressão ou função poderia, teoricamente, impactar a resistência e a resistência.

A creatina é um suplemento que pode ajudar a amortecer os níveis de ATP nos músculos e pode compensar parcialmente os déficits de energia causados ​​pela deficiência de AMPD1, melhorando potencialmente a resistência.

Outros suplementos interessantes seriam o NMN, o NADH e a Ribose, um açúcar envolvido na síntese de nucleotídeos, incluindo ATP. A suplementação de ribose poderia, teoricamente, apoiar a produção de energia em músculos com atividade AMPD1 prejudicada. Recomendo na Europa o suplemento da ZeinPharma (use o cupom ikk12m para comprar com desconto).

Fora isso, programas de exercícios que aumentam gradualmente a resistência podem ajudar os músculos a se adaptarem à atividade mais baixa do AMPD1, regulando positivamente outras vias metabólicas.

O treino intervalado de alta intensidade (HIIT) pode estimular a biogênese mitocondrial e melhorar a eficiência metabólica geral, o que pode compensar os efeitos da deficiência de AMPD1.

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Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/

O que é canabinologia?

Canabinologia é o estudo do sistema canabinoide, da cannabis, canabinóides e compostos e produtos derivados da cannabis. Este campo abrange uma ampla gama de disciplinas científicas, incluindo botânica, farmacologia, medicina, nutrição e bioquímica, todas focadas em entender a planta de cannabis, seus efeitos no corpo humano e seus potenciais usos terapêuticos.

Principais Áreas da Canabinologia

1. Canabinoides: O estudo dos diferentes compostos químicos encontrados na cannabis, como THC (tetraidrocanabinol), CBD (canabidiol) e CBG (cannabigerol). Esses compostos interagem com o sistema endocanabinoide do corpo para produzir vários efeitos.

2. Sistema Endocanabinoide: A pesquisa em cannabinologia frequentemente se concentra neste sistema, que é uma rede de receptores e enzimas no corpo com os quais os canabinoides interagem. Este sistema desempenha um papel crucial na regulação de vários processos fisiológicos, como dor, humor, apetite e resposta imunológica.

3. Usos Terapêuticos: Investigação das aplicações medicinais da cannabis e de seus compostos, incluindo o tratamento de condições como dor crônica, epilepsia, ansiedade e mais. Esta área também explora o potencial da cannabis no tratamento de doenças como câncer e distúrbios neurodegenerativos.

4. Botânica e Cultivo de Canabis: Compreensão da biologia e cultivo da planta de cannabis, incluindo as diferentes cepas, condições de cultivo e técnicas de reprodução utilizadas para otimizar o conteúdo de canabinoides.

5. Farmacologia e Toxicologia: Estudo de como os compostos da cannabis são absorvidos, distribuídos, metabolizados e excretados pelo corpo, bem como seus potenciais efeitos colaterais e toxicidades.

6. Aspectos Legais e Sociais: Exame do impacto da legalização da cannabis, regulação e suas implicações sociais, incluindo questões relacionadas ao vício, saúde pública e fatores econômicos.

A cannabinologia é um campo interdisciplinar que está crescendo rapidamente à medida que a cannabis se torna mais aceita, tanto medicinalmente quanto recreativamente, em várias partes do mundo.

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Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/

Uso do CBD em neuropatias

O Canabidiol (CBD) está sendo cada vez mais estudado e utilizado para o manejo de neuropatias devido às suas potenciais propriedades neuroprotetoras, anti-inflamatórias e analgésicas. Diferentes formas de CBD oferecem vários benefícios dependendo do método de administração, taxas de absorção e preferências dos pacientes.

A ação clássica (canônica) dos canabinoides envolve a ativação dos receptores CB1 e CB2 e a ação não clássica (não canônica) envolve a ativação de receptores vanilóides (muito envolvidos na percepção de dor e calor), receptores GPR (família grande que detecta moléculas externas ativando vias de sinalização intracelular a partir da proteína G. Envolvido, por exemplo, na percepção de luz, olfato, além de regulação de neurotransmissores). Canabinoides também podem ativar receptores nucleares (PPARs) que controlam a expressão de genes envolvidos no metabolismo de lipídios e glicose, na resposta inflamatória e metabolismo energético. Existem vários outros alvos para modulação de dor, ansiedade, depressão…

Aqui está uma visão geral dos benefícios das diferentes formas de CBD para neuropatias:

1. CBD Oral (Cápsulas, Comestíveis, Tinturas)

- Alívio duradouro: O CBD oral é processado através do sistema digestivo e fígado, resultando em um início mais lento, mas efeitos mais duradouros.

- Facilidade de dosagem: Cápsulas e tinturas permitem uma dosagem precisa, facilitando o monitoramento e ajuste conforme necessário.

- Conveniência: Fácil de incorporar na rotina diária sem a necessidade de equipamentos especiais.

2. CBD Sublingual (Tinturas, Sprays)

- Absorção rápida: Quando administrado sob a língua, o CBD é absorvido diretamente na corrente sanguínea através da glândula sublingual, resultando em um início mais rápido dos efeitos em comparação à ingestão oral.

- Dosagem controlada: Permite fácil ajuste da dosagem.

- Discreto: Pode ser usado discretamente sem chamar muita atenção.

3. CBD Tópico (Cremes, Bálsamos, Pomadas)

- Benefícios:

- Alívio direcionado: Aplicado diretamente na área afetada, proporcionando alívio localizado da dor e inflamação sem efeitos sistêmicos.

- Ação rápida: Evita o sistema digestivo, oferecendo alívio mais rápido para áreas específicas de desconforto.

- Não psicoativo: Como não entra na corrente sanguínea em quantidades significativas, não há efeitos psicoativos sistêmicos.

4. Óleo de CBD

- Benefícios:

- Versátil: Pode ser usado de forma sublingual, adicionado a alimentos ou bebidas, ou aplicado topicamente.

- Dosagem personalizada: Os usuários podem facilmente ajustar a quantidade que tomam com base em suas necessidades e tolerância.

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Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/