L-Dopa e TDAH

L-Dopa, ou levodopa, é usado principalmente no tratamento da doença de Parkinson porque pode atravessar a barreira hematoencefálica para ser convertido em dopamina no cérebro. A deficiência de dopamina é uma característica marcante da doença de Parkinson, e aumentar os níveis deste neurotransmissor ajuda a aliviar os sintomas da doença.

No entanto, o TDAH (Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade) envolve um desequilíbrio neuroquímico mais complexo. Embora a desregulação da dopamina esteja implicada no TDAH, simplesmente aumentar seus níveis com L-Dopa não costuma ser eficaz.

O TDAH envolve a desregulação do transporte e da função dos receptores de dopamina, em vez de apenas uma deficiência na produção de dopamina. L-Dopa pode aumentar os níveis de dopamina, mas não corrigirá necessariamente os problemas de regulação subjacentes.

A L-Dopa pode causar efeitos colaterais significativos, incluindo náuseas, discinesias (movimentos involuntários) e efeitos psiquiátricos, que geralmente não estão presentes nos tratamentos clássicos para TDAH.

Tratamentos para TDAH

Medicamentos para TDAH (estimulantes como metilfenidato ou anfetaminas) funcionam aumentando os níveis de dopamina e norepinefrina em regiões específicas do cérebro, particularmente no córtex pré-frontal, onde a atenção e a função executiva são reguladas. L-Dopa aumenta os níveis de dopamina de forma ampla, o que é menos direcionado e pode levar a efeitos indesejáveis.

- Medicamentos estimulantes: metilfenidato (Ritalina) e anfetaminas (Adderall) são comumente prescritos e têm uma eficácia bem documentada para o TDAH.

- Não-Estimulantes: Medicamentos como atomoxetina (Strattera), guanfacina (Intuniv) e clonidina (Kapvay) também são usados, especialmente em pacientes que podem não responder bem aos estimulantes.

Suplementos Naturais:

Alguns suplementos naturais podem ter benefícios potenciais para o manejo dos sintomas do TDAH, embora sua eficácia possa variar e geralmente sejam menos estudados do que as opções farmacêuticas. Sempre consulte um profissional de saúde antes de iniciar qualquer regime de suplementos.

- Ácidos Graxos Ômega-3: Encontrados no óleo de peixe, acredita-se que melhoram a função cognitiva e reduzem os sintomas do TDAH.

- Zinco: Alguns estudos sugerem que a suplementação com zinco pode ser benéfica para crianças com TDAH, especialmente se tiverem uma deficiência.

- Ferro: Níveis adequados de ferro são essenciais para a produção de dopamina. Algumas crianças com TDAH podem se beneficiar da suplementação com ferro.

- Magnésio: O magnésio pode ajudar com a hiperatividade e a função cognitiva.

Fitoterápicos: Ervas como Ginkgo biloba e Ginseng têm sido exploradas por seus potenciais benefícios no TDAH, embora as evidências sejam limitadas.

Dieta e Estilo de Vida

- Dieta Equilibrada: Garantir uma dieta rica em alimentos integrais, evitando o excesso de açúcar e aditivos artificiais, e mantendo uma nutrição equilibrada pode ajudar a controlar os sintomas do TDAH.

- Exercício Físico: A atividade física regular demonstrou melhorar a atenção, o comportamento e a função cognitiva em indivíduos com TDAH.

- Higiene do Sono: Um sono adequado é crucial para o manejo dos sintomas do TDAH. Implementar boas práticas de sono pode ter um impacto significativo.

CURSO: NUTRIÇÃO NO TDAH

Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/

Cogumelos medicinais e memória

Os cogumelos medicinais têm sido utilizados na medicina tradicional há séculos e a investigação moderna está cada vez mais a validar os seus potenciais benefícios para a saúde cognitiva e a memória. Aqui estão alguns dos principais cogumelos medicinais conhecidos por suas propriedades que melhoram a memória, juntamente com citações científicas:

1. Juba de Leão (Hericium erinaceus)

Cconhecido por suas propriedades neuroprotetoras e neurorregenerativas. Contém compostos como hericenonas e erinacinas, que podem estimular a síntese do fator de crescimento nervoso (NGF), essencial para o crescimento e sobrevivência dos neurônios.

Estudo de Mori e colaboradores (2009) demonstrou que o Juba de Leão melhora significativamente a cognição de pessoas com declínio cognitivo leve/subjetivo após consumo de 16 semanas. O declínio cognitivo leve é uma fase anterior ao Alzheimer e pode ser revertido com estratégias adequadas, como dieta antiinflamatória e suplementação apropriada.

2. Reishi (Ganoderma lucidum)

Conhecido por suas propriedades adaptogênicas, ajudando a reduzir o estresse e a melhorar a função mental geral. Contém triterpenos e polissacarídeos, que possuem efeitos neuroprotetores.

3. Cordyceps (Cordyceps sinensis)

Tradicionalmente usado para aumentar a resistência e reduzir a fadiga, o que pode beneficiar indiretamente a função cognitiva. Contém adenosina, cordicepina e outros compostos bioativos que podem melhorar a saúde do cérebro (Kiho et al., 1999).

4. Chaga (Inonotus obliquus)

Rico em antioxidantes, que ajudam a proteger o cérebro do estresse oxidativo e da inflamação, ambos ligados ao declínio cognitivo. Aprenda mais no vídeo:

Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/

Mulheres e reposição hormonal: testosterona, oxandrolona e opções naturais

A principal diferença entre o uso de testosterona e oxandrolona em mulheres está nas suas propriedades hormonais e nos efeitos colaterais associados.

Testosterona:

A testosterona é o principal hormônio sexual masculino, mas também está presente em quantidades menores nas mulheres. Quando usada por mulheres em doses elevadas ou por períodos prolongados, a testosterona pode causar virilização, que inclui efeitos como crescimento de pelos faciais e corporais, engrossamento da voz, aumento do clitóris, alterações no ciclo menstrual e diminuição da mama. É mais comumente prescrita para mulheres em doses muito baixas, quando necessário, para tratar condições médicas específicas.

Oxandrolona

A oxandrolona é um esteroide anabólico sintético derivado da testosterona que tem menos potencial de causar virilização em mulheres em comparação com outros esteroides anabólicos.

Ela é frequentemente usada em doses baixas para promover ganhos de massa muscular magra e aumentar a força, especialmente em contextos médicos como no tratamento de condições que causam perda muscular (por exemplo, após uma grande cirurgia, no caso de HIV/AIDS em idosas com ou em risco de sarcopenia).

Os efeitos colaterais da oxandrolona em mulheres tendem a ser menos virilizantes do que os da testosterona, mas ainda podem incluir riscos como alterações nos níveis de colesterol, supressão da função hormonal natural, e problemas hepáticos em doses elevadas ou com uso prolongado.

Ambos os medicamentos são regulamentados e devem ser usados apenas sob supervisão médica rigorosa, devido aos seus impactos significativos na saúde hormonal e física das mulheres. Para mulheres que buscam aumentar naturalmente os níveis de testosterona ou explorar alternativas naturais à testosterona e oxandrolona, existem algumas opções que podem ser consideradas.

Opções naturais para aumentar os níveis de hormônios anabólicos em mulheres

1. Atividade física regular: exercícios de resistência (como musculação) e exercícios de alta intensidade podem ajudar a aumentar naturalmente os níveis de testosterona em mulheres.

2. Dieta Balanceada: uma dieta com maior teor de proteínas, ômega-3 e carboidratos complexos pode ajudar a otimizar os níveis hormonais.

3. Gerenciamento de Estresse: o estresse prolongado pode afetar negativamente os níveis hormonais, incluindo a testosterona.

4. Sono adequado: uma boa qualidade de sono é essencial para a regulação hormonal adequada, incluindo a produção de testosterona.

5. Suplementação: alguns suplementos podem potencialmente ajudar a equilibrar os níveis hormonais, como o ácido D-aspártico, o tribulus terrestris e o zinco.

Suplementos de proteína podem ser utilizados para auxiliar no aumento da massa muscular, embora não tenham o mesmo impacto que os esteroides anabolizantes como a oxandrolona.

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Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/