Obesidade: doença crônica associada à adiposidade

Doença Crônica Baseada na Adiposidade, do inglês Adiposity-Based Chronic Disease (ABCD) é um novo termo diagnóstico para obesidade que identifica explicitamente uma doença crônica. Alude a uma base fisiopatológica precisa e evita os estigmas e a confusão relacionados ao uso diferencial e aos múltiplos significados do termo "obesidade" (2016).

O padrão ouro para avaliação da composição corporal é o DEXA. Mas o essencial é sabermos IMC e percentual de gordura avaliado por qualquer método (OMA). Toda perda de peso beneficia o paciente com obesidade. Alguns pacientes perderão 5% de peso, outros 10% e outros mais. Quanto maior é a perda de peso maior é o benefício. Mas mesmo perdas modestas contribuem para a melhoria do metabolismo e redução das co-morbidades.

Com a perda de 5% há redução da pressão arterial e da glicemia. Com perda de 5 a 10% melhoram também a incontinência urinária, o resultado na glicemia é maior, há mais sucesso no tratamento da SOP, das dislipidemias, asma, esteatose hepática.

Com 10 a 15% de peso a inflamação do fígado é bastante reduzida. Também há melhorias do refluxo gastroesofágico, apneia obstrutiva do sono e osteartrite. Por fim, perdas maiores do que 15% são altamente benéficas para pacientes com doenças cardiovasculares, formas mais graves de esteatose, remissão do diabetes tipo 2, melhoria da insuficiência cardíaca e redução da mortalidade cardiovascular.

Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/

Creatina no câncer

Com propriedades anti-inflamatórias e antioxidantes, juntamente com sua capacidade de reduzir a produção de espécies reativas de oxigênio e modular a resposta imunológica, estudos sugerem que a creatina pode trazer benefícios para pacientes com câncer, incluindo a redução do crescimento tumoral e o aprimoramento da resposta imunológica antitumoral.

Além disso, a creatina pode desempenhar um papel na redução da inflamação intestinal, fornecendo energia às células do intestino. Isso pode fortalecer a barreira intestinal e reduzir a inflamação associada.

No entanto, há também evidências que sugerem que, em modelos animais, a creatina pode favorecer a progressão tumoral. Diante dessas informações contraditórias, surge o dilema: devemos ou não recomendar o uso de creatina em pacientes oncológicos?

A decisão de utilizar a creatina como suplemento requer uma abordagem clínica individualizada para cada paciente. É importante identificar quais pacientes se beneficiariam da suplementação.

Podemos considerar a suplementação em pacientes com síndrome de anorexia-caquexia, aqueles em quimioterapia que enfrentam episódios frequentes de diarreia ou mucosite, e pacientes desnutridos.

É fundamental associar a suplementação com a prática de exercícios físicos. No entanto, devemos ter cautela e, em alguns casos, evitar a suplementação em pacientes com sobrepeso, obesidade, sedentarismo e graves problemas renais.

A decisão de utilizar creatina em pacientes oncológicos deve ser cuidadosamente avaliada, levando em consideração as necessidades individuais e os potenciais riscos e benefícios.

Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/

5 motivos para usar ômega-3 durante o tratamento do câncer

Se eu só pudesse recomendar um suplemento para um paciente com câncer seria o ômega-3. Aqui estão 5 motivos:

1) Reduz a inflamação. E a dieta da maioria das pessoas costuma ser mais inflamatória, rica em ácidos graxos ômega-3 presentes em óleos vegetais e alimentos industrializados. O ômega-3 é mais difícil de ser obtido em altas doses na dieta e a suplementação é muito importante.

2) Possui ação prebiótica, ajudando aumentar bifidobactérias que melhoram a composição da microbiota e evitam a adesão de patógenos ao intestino.

3) Ajuda a manter depressão e ansiedade sob controle.

4) Reduz o efeito tóxico de diversas medicações no cérebro. Por isso, costumamos aumentar as doses de ômega-3 durante o tratamento quimioterápico.

5) Ajuda a manter a massa magra (Malta, 2019). Pacientes com mais baixa massa magra sofrem com mais toxicidade e apresentam mais efeito colateral da quimioterapia. A massa muscular produz irisina e o cérebro adora irisina, aumentando o fator neurotrófico derivado do cérebro, que reduz o risco de depressão. Nem preciso dizer que atividade física também é fundamental!

Mas lembre de comprar um ômega-3 bom. Existem muitas marcas baratas no mercadas, mas contaminadas com metais pesados, oxidadas ou misturadas com outros óleos!

Journal of Functional Foods ( IF 5.6 ) Pub Date: 2019-01-12 , DOI:10.1016/j.jff.2018.12.033

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Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/