Estudo publicado ontem no Current Biology mostra pesquisa de engenharia genética em que genes de ervas foram introduzidos no tomate a fim de criar um produto com maior quantidade de antioxidantes e antocianinas. O resultado foi um produto com uma cor mais forte (semelhante à da berinjela), melhor sabor e maior resistência contra fungos.
Apesar de estranho de se olhar, os pesquisadores garantem que o maior teor de antocianinas e a maior durabilidade são benefícios importantes. Estudos subsequentes testarão a eficácia do consumo para a saúde, o que deve levar mais 12 meses e a aprovação para consumo deverá levar cerca de 24 meses, de acordo com reportagem publicada no portal espanhol ABC.
Não abuse do tomate!
Todo tomate, este ou os convencionais são ricos em solanina, um alcaloide tóxico, em grandes quantidades. A solanina protege o tomate contra predadores. Porém, para nós, o consumo excessivo pode causar efeitos adversos como diarreia, vômitos e problemas gastrointestinais. Dependendo do grau de intoxicação, pode haver perda de consciência, ansiedade, dificuldade de articular palavras, rigidez generalizada, espasmos nos dedos e, até mesmo, parada respiratória. Isso acontece especialmente em pessoas sensíveis e com predisposição genética à inflamação do intestino ou das juntas.
Mas não é necessário excluir o tomate da dieta, já que há maneiras de reduzir a solanina presente. O cuidado começa na escolha do fruto.
Consuma tomates bem maduros. Quanto mais maduro, menos solanina. Evite consumir tomates verdes.
Adote algum processo de aquecimento/cocção para consumir o tomate. Isso ajuda a diminuir ainda mais a concentração de solanina.
Apesar dessa substância tóxica, o tomate não pode ser considerado vilão, já que é um alimento rico em benefícios à saúde, e grande parte disso se deve à presença do licopeno – uma substância cientificamente reconhecida por possuir propriedades antioxidantes e potencial anti-câncer. O importante é variar bem a dieta!