O comprometimento da função mitocondrial afeta o metabolismo energético neuronal, estabelecendo uma conexão direta com o desenvolvimento de transtornos mentais.
Múltiplos indicadores de disfunção mitocondrial e estresse oxidativo têm sido identificados em pacientes com transtorno bipolar. Durante as fases maníacas e depressivas, há aumento nos níveis de enzimas antioxidantes (SOD, CAT, GSH-Px) e elevação da peroxidação lipídica (medida por TBA-RS), acompanhados por variações nos níveis de óxido nítrico. Ademais, alterações no desempenho da cadeia de transporte de elétrons e redução na produção de ATP sugerem que a capacidade energética neuronal pode ser comprometida (Cyrino et al., 2020).
Esses achados apontam para uma associação entre a disfunção mitocondrial e as alterações celulares subjacentes aos transtornos mentais, especificamente no contexto do transtorno bipolar. A capacidade do corpo de gerenciar o estresse oxidativo pode estar comprometida no transtorno bipolar tornando o gerenciamento nutricional uma peça importante do tratamento.
O comprometimento do gerenciamento do estresse oxidativo pode levar a danos celulares e alterações na função cerebral, incluindo neuroplasticidade, mudanças em neurotransmissores, maior apoptose de neurônios, ativação de processos neuroinflamatórios e mudanças na sinalização de cálcio.
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