Sabia que a epigalocatequina-3-galato (EGCG), um polifenol presente no chá verde, é muito interessante no tratamento da disbiose intestinal em crianças com Transtorno do Espectro Autista (TEA)?
Crianças com TEA frequentemente apresentam alterações na microbiota intestinal, caracterizadas por um aumento de bactérias patogênicas como Clostridium perfringens e Clostridium difficile, e uma redução de bactérias benéficas como Bifidobacterium spp. e Akkermansia muciniphila. Essas alterações estão associadas a sintomas gastrointestinais e podem influenciar o funcionamento do sistema nervoso.
A EGCG demonstrou capacidade de inibir o crescimento de bactérias patogênicas e promover o aumento de bactérias benéficas. Além disso, ela influencia positivamente a produção de ácidos graxos de cadeia curta, como o butirato, que são essenciais para a integridade da mucosa intestinal e têm efeitos anti-inflamatórios e antioxidantes.
Devido à baixa biodisponibilidade oral da EGCG, a formulação lipossomal é proposta como uma estratégia para melhorar sua absorção e eficácia terapêutica. Essa abordagem visa proteger a EGCG da degradação no trato gastrointestinal e facilitar sua passagem pelas membranas intestinais (de la Rubia et al. 2023).
A modulação da microbiota intestinal pela EGCG pode contribuir para a redução da inflamação e do estresse oxidativo, fatores associados à fisiopatologia do TEA. Assim, a EGCG, especialmente em sua forma lipossomal, é considerada uma terapia complementar promissora para melhorar a qualidade de vida de crianças com TEA.