A relação entre a homocisteína sérica e os diferentes estágios da menopausa é um tema de interesse na pesquisa em saúde, pois a homocisteína é um aminoácido que, em níveis elevados, pode ser um fator de risco para doenças cardiovasculares.
A perimenopausa é a fase de transição antes da menopausa completa, caracterizada por variações hormonais. Durante esse período, os níveis de estrogênio começam a cair, o que pode influenciar negativamente o metabolismo da homocisteína. Estudos sugerem que as mulheres na perimenopausa podem ter níveis elevados de homocisteína devido à diminuição do estrogênio, que tem um efeito protetor sobre os níveis de homocisteína.
A menopausa é um processo fisiológico que envolve mudanças hormonais significativas, o que pode influenciar diversos parâmetros de saúde, incluindo os níveis de homocisteína. Marca 1 ano sem a menstruação.
Após a menopausa, a produção de estrogênio diminui consideravelmente, o que pode aumentar os níveis de homocisteína. O estrogênio é conhecido por ajudar na regulação dos níveis de homocisteína, e sua ausência após a menopausa pode resultar em concentrações mais altas desse aminoácido no sangue. Níveis elevados de homocisteína são associados a um risco aumentado de doenças cardiovasculares, como infarto do miocárdio e acidente vascular cerebral (AVC).
Especialmente se a mulher não estiver fazendo reposição hormonal, os níveis de homocisteína tendem a ser mais altos. O risco cardiovascular nas mulheres pós-menopáusicas pode ser amplificado devido ao aumento dos níveis de homocisteína, uma vez que a ausência de estrogênio pode prejudicar o metabolismo normal desse aminoácido.
Fatores que influenciam os níveis de homocisteína na menopausa:
Dieta e suplementos: A ingestão de vitaminas do complexo B (como B6, B12 e ácido fólico) pode ajudar a controlar os níveis de homocisteína. A deficiência dessas vitaminas pode contribuir para níveis elevados de homocisteína.
Int. J. Mol. Sci. 2020, 21(4), 1421; https://doi.org/10.3390/ijms21041421
Hormonioterapia: Algumas evidências sugerem que a reposição hormonal pode ajudar a reduzir os níveis de homocisteína, especialmente se iniciada próximo à menopausa.
A relação entre homocisteína e os estágios da menopausa é complexa, mas em geral, a queda nos níveis de estrogênio observada durante e após a menopausa pode contribuir para o aumento dos níveis de homocisteína, elevando assim o risco cardiovascular nas mulheres dessa faixa etária. A monitorização dos níveis de homocisteína, associada a estratégias dietéticas e, quando indicado, a terapias de reposição hormonal, pode ser útil para a prevenção de complicações cardiovasculares.