O ácido úrico é produzido quando o corpo decompõe as purinas – substâncias naturais encontradas em todas as células e na maioria dos alimentos. É eliminado principalmente pelos rins, mas o ácido úrico é muito mais do que um resíduo. É uma faca de dois gumes, que aumenta o risco de alguns problemas de saúde e ajuda a prevenir outros.
Ácido úrico alto e baixo: riscos e benefícios
Laboratórios, em geral, aceitam valores de ácido úrico plasmático de 6 mg% para mulheres e 7 mg% para homens, mas o ideal mesmo parece estar com as taxas abaixo de 5,5 mg%. Quando o ácido úrico está alto pode se depositar em qualquer tecido do organismo, dependendo muito das condições locais. Quando isso ocorre, pode surgir processo inflamatório como gota, artrite, tofo e nefrite. O ácido úrico baixo é definido como nível inferior a 2 mg/dL.
O baixo nível de ácido úrico, ou hipouricemia, recebe menos atenção porque afeta muito menos pessoas – apenas cerca de 0,5% da população. No entanto, está associada a distúrbios neurológicos graves, incluindo doença de Alzheimer, doença de Parkinson e esclerose lateral amiotrófica (ELA), função renal reduzida e uma doença nervosa dolorosa chamada nevralgia do trigémeo. Sabe-se que o ácido úrico mais elevado ajuda a proteger contra esses distúrbios. Baixo teor de ácido úrico também está associado a danos renais após exercícios vigorosos (chamados de lesão renal induzida por exercício) e cálculos renais de ácido úrico.
Alimentos Ricos em Purinas
Conhecidos por aumentar o ácido úrico, muitos desses alimentos também causam inflamação, afetam a saúde do coração e podem preparar o terreno para o diabetes.
Carne vermelha, especialmente carnes orgânicas como fígado e rim
Álcool, especialmente cerveja
Bebidas açucaradas, doces e sobremesas
Gorduras saturadas em carne vermelha, manteiga, creme, sorvete e óleo de coco
Suco de frutas, exceto suco de cereja
Alguns tipos de frutos do mar, como mariscos, anchovas e atum. Contudo, acredita-se que os benefícios para a saúde de quantidades moderadas de peixe superam os danos potenciais.
O vídeo abaixo é antigo mas falo do metabolismo da frutose, para quem tem interesse na parte bioquímica: