Nutrição e fadiga mental

A fadiga mental é um estado de exaustão mental e emocional, muitas vezes causado por estresse, excesso de trabalho ou falta de sono. Ela pode ser um sintoma de problemas subjacentes, como deficiências nutricionais ou desequilíbrios no corpo. A fadiga mental pode afetar a capacidade de concentração, memória e tomada de decisões, impactando a qualidade de vida.

A falta de nutrientes essenciais no corpo pode levar a uma série de problemas de saúde, incluindo fadiga mental. Alguns nutrientes chave que podem influenciar a energia mental incluem:

- Vitaminas do complexo B (como B12 e folato): Importantes para a função cerebral, a deficiência dessas vitaminas pode causar cansaço, dificuldades cognitivas e alterações de humor.

- Vitamina D: Baixos níveis de vitamina D têm sido associados a fadiga mental, depressão e comprometimento cognitivo.

- Ácidos graxos ômega-3: Essenciais para a saúde cerebral, a falta de ômega-3 pode afetar negativamente a função cognitiva.

Ferro: Falta e Excesso são problemas!

O ferro é fundamental para a produção de hemoglobina, que transporta oxigênio pelo corpo. Tanto a deficiência quanto o excesso de ferro podem ter impactos significativos na saúde mental:

- Deficiência de Ferro: Pode levar à anemia, com sintomas como cansaço extremo, falta de concentração e perda de memória. A deficiência de ferro afeta diretamente a oxigenação do cérebro, prejudicando suas funções cognitivas.

- Excesso de Ferro: Pode ser tóxico para o corpo, afetando o sistema nervoso central e levando a sintomas como fadiga, dores de cabeça e dificuldades cognitivas. O acúmulo excessivo de ferro pode resultar em danos aos órgãos.

Cuidado com o excesso de Homocisteína

A homocisteína é um aminoácido que, em níveis elevados no sangue, pode aumentar o risco de doenças cardiovasculares e também está associado a problemas cognitivos. Quando seus níveis estão altos, pode haver um impacto negativo na função cerebral, levando a sintomas como fadiga mental, dificuldade de concentração e perda de memória. O excesso de homocisteína está muitas vezes relacionado à deficiência de vitaminas B6, B12 e ácido fólico (B9) pois essas vitaminas ajudam a metabolizar a homocisteína de maneira eficiente.

Esses elementos estão interconectados de várias formas:

  • Deficiências de nutrientes podem aumentar o risco de fadiga mental, afetando o metabolismo de substâncias como a homocisteína e o ferro.

  • O excesso de ferro pode interferir em funções cerebrais e exacerbar os efeitos da homocisteína elevada, prejudicando a função cognitiva.

  • Uma dieta pobre pode ser a causa de deficiências nutricionais, o que pode, por sua vez, levar a níveis alterados de ferro ou homocisteína.

O tratamento geralmente envolve:

- Correção das deficiências nutricionais com a inclusão de alimentos ricos em ferro, vitaminas B, ácidos graxos essenciais e outros nutrientes importantes.

- O uso de suplementos de ferro ou vitaminas do complexo B pode ser necessário, sempre sob orientação de nutricionista.

- A redução de homocisteína elevada pode ser alcançada com a suplementação de ácido fólico, vitamina B6 e B12, além de ajustes na dieta, incluindo calorias e quantidade de carboidratos. É bom avaliar resistência insulínica também, além de fatores que comprometem o fluxo sanguíneo cerebral, como dislipidemias.

- Monitoramento dos níveis de ferro para evitar tanto a deficiência quanto o excesso.

Se você está enfrentando sintomas como fadiga mental, marque sua consulta de nutrição online.

Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/