Nutrientes na Esclerose lateral amiotrófica

O artigo "Nutrient Effects on Motor Neurons and the Risk of Amyotrophic Lateral Sclerosis" analisa como diferentes nutrientes podem influenciar a saúde dos neurônios motores e potencialmente afetar o risco de desenvolvimento da esclerose lateral amiotrófica (ELA).

O artigo (Goncharova et al., 2021) destaca a necessidade de uma nutrição adequada para manter a saúde dos neurônios motores e sua funcionalidade. Nutrientes específicos podem desempenhar papéis cruciais na proteção contra a neurodegeneração e na promoção da sobrevivência neuronal.

Nutrientes em destaque

Os ácidos graxos ômega-3, encontrados em peixes e fontes vegetais, são discutidos por suas propriedades anti-inflamatórias e neuroprotetoras. A pesquisa sugere que uma dieta rica em ômega-3 pode estar associada a um menor risco de ELA e pode ajudar na preservação da função motora.

O artigo menciona que a dieta mediterrânea, rica em frutas, vegetais, peixes e gorduras saudáveis, está associada a uma redução no risco de doenças neurodegenerativas. As características anti-inflamatórias e antioxidantes dessa dieta são consideradas benéficas para a saúde neuronal.

A ingestão de antioxidantes, como vitaminas E e C, pode proteger os neurônios motores do estresse oxidativo, um dos mecanismos que contribuem para a degeneração em ELA. O papel dos antioxidantes na redução da inflamação e na proteção celular é enfatizado.

Vitaminas do complexo B como B6, B12 e ácido fólico são analisadas em relação à saúde neuronal. A deficiência dessas vitaminas pode levar a alterações na função neuronal e aumentar o risco de doenças neurodegenerativas, incluindo ELA. A colina, um nutriente essencial para a síntese de acetilcolina, é considerada vital para a função neuromuscular. O artigo sugere que a adequação de colina na dieta pode ser importante para a saúde dos neurônios motores e a prevenção da ELA.

A ingestão adequada de proteínas e aminoácidos, como a cisteína e a glutamina, é discutida em relação à saúde dos neurônios. O papel desses nutrientes na produção de neurotransmissores e na manutenção da função celular é enfatizado.

O artigo conclui com a sugestão de que mais estudos são necessários para esclarecer as interações entre nutrientes, saúde dos neurônios motores e o risco de ELA. A necessidade de ensaios clínicos controlados para investigar os efeitos de intervenções nutricionais específicas é enfatizada.

Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/