Suplementação no Transtorno Opositivo Desafiador

Transtorno Opositivo Desafiador (TOD) é caracterizado por comportamentos desafiadores/desobedientes, hostis, impulsivos e negativistas por parte da criança ou adolescente, especialmente na relação com seus pais e figuras de autoridade (como avós, tios, professores). Há inabilidade no autocontrole das emoções e dos comportamentos. Nos Estados Unidos atinge cerca de 10% das crianças em idade escolar.

Pavio curto, discussões, desobediência constante, implicância, irritabilidade, agressividade (especialmente quando frustrada), tornam os relacionamentos complicados, estressantes, difíceis. Outras crianças podem sentir-se desagradadas, achar que estão sofrendo bullying. A criança com TOD vai ficando cada vez mais excluída de socialização, convite para festas e outras programações.

Quando ocorrem prejuízos afetivos, sociais, escolares e cognitivos, a intervenção é necessária. O TOD vai muito além da birra, ocorre a qualquer momento, em qualquer lugar, é intenso, desproporcional, inesperado. O tratamento do TOD é multidisciplinar e envolve psicoterapia comportamental, treino de habilidades sociais, suporte escolar. Muitos pais recebem indicação de uso de medicação, especialmente quando outras comorbidades estão presentes. A mais comum é o Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH), observada em 50% dos casos. Também pode estar presente em crianças com autismo.

Antipsicóticos atípicos (como risperidona) são usados no caso de ansiedade, agitação, irritabilidade. Risperidona tem sido proposta no caso de agressividade. Metilfenidato (ritalina, concerta) são opções no caso de TDAH. Contudo, muitos pais desejam alternativas naturais antes de tentar a medicação.

Uma destas alternativas é a Palmitoiletanolamida (PEA), uma N-aciletanolamina saturada que tem sido sugerida como eficaz no controle de respostas inflamatórias, sintomas depressivos, epilepsia e dor, possivelmente através de um papel neuroprotetor contra a toxicidade do glutamato.

A suplementação de PEA melhora a linguagem expressiva e ajuda a reduzir a gravidade geral do autismo, incluindo comportamentos estereotípicos motores, parecendo ser benéfico também na modulação da imunidade (perda de urina, especialmente à noite). O PEA pode ser utilizado isoladamente ou em combinação com medicação.

Um estudo mostrou que pacientes em uso de risperidona apresentam melhores resultados com o uso concomitante do PEA, incluindo maior redução de irritabilidade e hiperatividade (Colizzi et al., 2021). Aprenda mais sobre nutrição, suplementação e Transtorno do Espectro do Autismo (TEA) no curso online.

Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/