A tireoidite é a inflamação da tireoide, sendo a tireoidite de Hashimoto uma condição autoimune crônica. Acontece quando anticorpos produzidos pelo organismo atacam as células da tireoide, gerando uma baixa produção de hormônios tireoidianos.
Causas da tireoidite de Hashimoto
A causa exata da tireoidite de Hashimoto não é conhecida, mas vários fatores vêm sendo investigados, desde envelhecimento e aumento da produção de radicais livres às alterações genéticas. Desequilíbrios hormonais também são fatores de risco e muitas mulheres desenvolvem a doença após o parto ou na menopausa, momentos em que as variações nas concentrações de hormônios são grandes.
Tanto a falta quanto o excesso de iodo também aumentam o risco da doença. Muitas pessoas fazem a suplementação de iodo sem conhecer os próprios níveis sanguíneos ou urinários, o que é perigoso.
Outro fator de risco é a exposição à radiação. Por exemplo, a incidência à doença aumentou após o ataque nuclear no Japão e o acidente nuclear de Chernobyl. Também aumenta em pacientes com doença de Hodgkin fazendo tratamento com radiação. Conheça outras causas da tireoidite de Hashimoto neste vídeo:
Sintomas da Tireoidite de Hashimoto
O primeiro sinal da doença costuma ser um aumento da tireoide, chamado bócio. O bócio pode fazer com que a frente do pescoço pareça inchada. Um bócio grande pode dificultar a deglutição. Outros sintomas de uma tireóide hipoativa devido a Hashimoto podem incluir:
pele seca,
fadiga e sonolência,
depressão,
cabelos e unhas fracas,
falhas de memória e outros casos de deficit cognitivo,
irregularidade menstrual,
diminuição da libido.
Manejo da tireoidite de Hashimoto
👉 Reduzir o estresse oxidativo é um ponto importante no tratamento. Consumir alimentos de origem vegetal coloridos, chás e castanhas é muito importante. O peróxido de hidrogênio (H2O2) é um dos principais radicais livres associados à doença de Hashimoto. Por isso, o consumo de castanha do Brasil (castanha do Pará) é uma estratégia inteligente. Estudos mostram que bons níveis de selênio plasmáticos ajudam a reduzir a concentração de anticorpos anti-Tireoperoxidase (anti-TPO) em alguns pacientes com esta enfermedade. O selênio é cofator da enzima antioxidante glutationa peroxidase, que ajuda a neutralizar o H2O2.
👉 Ajustar o consumo proteico. A síntese de glutationa (GSH) depende de 3 aminoácidos (cisteína, glicina e glutamato) e do mineral magnésio. A cisteína pode ser produzida no próprio corpo a partir de metionina e vitamina B6. Inclua fontes de proteína (ovos, peixe, carnes, feijões), magnésio (nozes, abacate, amêndoas, leguminosas, vegetais verde escuros, semente de abóbora) e vitamina B6 (espinafre, lentilha, ameixa, amendoim, abacate, couve, nozes, banana, avelã, salmão) em sua dieta.
👉 Controlar o peso e o percentual de gordura. Quanto mais acima do peso estiver mais substâncias inflamatórias produzirá, o que pode afetar o metabolismo tireoidiano.
👉 Adotar dieta antiinflamatória e favorecer uma microbiota intestinal saudável. Ômega-3 e curcumina são muito interessantes aqui.
👉 Dosar os seguintes nutrientes: vitamina D, iodo, selênio, magnésio, zinco, ferro, vitamina A e vitamina B12.
👉 Avaliar intolerância à lactose, alergia à proteína do leite, doença celíaca e sensibilidade ao glúten. Muitos pacientes com tireoidite de Hashimoto possuem alterações genéticas que afetam a capacidade de digestão e podem aumentar a inflamação como um todo.