A acidose metabólica é uma condição potencialmente fatal que deve ser avaliada de forma sistemática e oportuna. As causas incluem:
redução do pH do sangue, por geração de ácido, diminuição da secreção de ácido pelos rins e/ou perda de bicarbonato;
incapacidade de manter a homeostase corporal por trauma físico, ataque cardíaco, doenças como pancreatite, infecções, uso de drogas (como cocaína) ou de medicamentos como corticosteroides ou alguns diuréticos.
Em 2023 foi publicado o caso de um homem de 58 anos com história de hiperlipidemia e infecção por hepatite B. Chegou ao pronto-socorro com fadiga progressiva há dois meses, acompanhada de náuseas, vômitos, falta de ar e tonturas nos últimos dias. Os sinais vitais iniciais estavam dentro dos limites normais, exceto uma frequência cardíaca aumentada de 120 batimentos por minuto. O exame físico revelou mucosas secas e icterícia escleral.
O índice de massa corporal na admissão era de 22,1 kg/m2 (eutrofia). Os resultados do painel metabólico básico sugeriram uma acidose e a gasometria venosa inicial registrou um pH de 7.17. A gasometria arterial sequencial mostrou acidose metabólica primária com sintomas respiratórios compensatórios.
O paciente não tinha diabetes e nem era usuário de inibidores de SGLT2. A causa da acidose metabólica foi descrita como adesão à dieta cetogênica vegana. Na falta de hidratos de carbono o organismo começa a usar gordura e a produzir corpos cetônicos.
Os corpos cetônicos, principalmente acetoacetato e beta-hidroxibutirato serão utilizados como fonte energética pelo coração, cérebro e músculo esquelético.
Existem muitas populações que podem se beneficiar da dieta cetogênica, como indivíduos obesos, diabéticos, pacientes com doença de Alzheimer, epilepsia resistente a medicamentos e pessoas em tratamento de certos tipos de câncer (Ward, Ramsay, & Vu, 2023)..
A dieta cetogênica caracteriza-se pela redução de carboidratos a cerca de 20g ao dia, alto consumo de gordura e moderação no consumo proteico. Com isso, corpos cetônicos aumentam para 1 a 4 mmol/L. A cetoacidose é rara e geralmente associa-se a elevação de corpos cetônicos a 10 a 20 mmol/L.
A acidificação do meio pode levar a danos nos rins, edema pulmonar, edema cerebral, perda de potássio (hipocalemia) com fraqueza muscular. Se a fraqueza é intensa o coração pode parar de bater, levando ao óbito do paciente. Apesar da cetoacidose ser uma condição rara, o acompanhamento nutricional e o monitoramento adequado das quantidades de glicose e corpos cetônicos na dieta cetogênica é fundamental. Marque aqui sua consulta, caso necessite de ajuda com sua dieta cetogênica.
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