Assim como a psicoterapia, os antidepressivos são uma parte fundamental do tratamento da depressão. Eles visam aliviar os sintomas e evitar que a depressão volte. Contudo, além de não funcionarem em todos os casos, os antidepressivos possuem efeitos colaterais. Por isso, estratégias combinadas são fundamentais no tratamento da depressão.
Existem vários medicamentos para o tratamento da depressão. Eles podem ser divididos em diferentes grupos. Estes são os antidepressivos mais prescritos:
Antidepressivos tricíclicos (primeira geração, estão no mercado há mais tempo)
Inibidores seletivos da recaptação de serotonina (segunda geração)
Inibidores seletivos da recaptação da serotonina e noradrenalina (segunda geração)
Os seguintes medicamentos são prescritos com menos frequência:
Antagonistas do receptor alfa-2 adrenérgico
Inibidores da monoaminoxidase (MAO)
Inibidores seletivos da recaptação de noradrenalina
Inibidores seletivos da recaptação de noradrenalina/dopamina
Agonistas do receptor de melatonina e antagonistas do receptor de serotonina 5-HT2C
Como funcionam os antidepressivos?
As células nervosas do cérebro usam vários produtos químicos para transmitir sinais. A depressão possui várias causas, sendo uma delas o desequilíbrio de certos mensageiros químicos (neurotransmissores) como a serotonina, o que significa que os sinais não podem ser transmitidos adequadamente pelos nervos. Os antidepressivos visam aumentar a disponibilidade desses produtos químicos.
É difícil prever o quão bem um determinado medicamento ajudará um indivíduo. Portanto, os médicos geralmente sugerem primeiro tomar um medicamento que considerem eficaz e relativamente bem tolerado. Se não ajudar tanto quanto o esperado, é possível aumentar a dose, mudar para um medicamento diferente ou mesmo associar vários tipos de medicação.
Estudos mostram que o benefício geralmente depende da gravidade da depressão: quanto mais grave a depressão, maiores serão os benefícios. Em outras palavras, os antidepressivos são eficazes contra a depressão crônica, moderada e grave, mas não costumam ajudar tanto na depressão leve.
Sem antidepressivos: cerca de 20 a 40 em cada 100 pessoas que tomaram placebo notaram uma melhora em seus sintomas dentro de seis a oito semanas. Com antidepressivos: cerca de 40 a 60 em cada 100 pessoas que tomaram um antidepressivo notaram uma melhora em seus sintomas dentro de seis a oito semanas. Se descontarmos o efeito placebo, os antidepressivos devem melhorar os sintomas em cerca de 20 em cada 100 pessoas. Ou seja, não fazem mágica!
Efeitos colaterais dos antidepressivos
Procure um psiquiatra. Só faz sentido usar antidepressivos se o diagnóstico estiver correto. Mesmo com diagnóstico adequado e acompanhamento, mais da metade de todas as pessoas que tomam antidepressivos têm efeitos colaterais. Eles geralmente ocorrem durante as primeiras semanas de tratamento e são menos comuns mais tarde. Exemplos de efeitos colaterais incluem boca seca, dores de cabeça, tonturas, inquietação e problemas sexuais. O risco de efeitos colaterais aumenta se o paciente também estiver tomando outros medicamentos, já que um dos medicamentos pode piorar os efeitos colaterais do outro. Ômega-3 e probióticos potencializam os efeitos dos antidepressivos, melhorando os resultados do tratamento.
Tem que reduzir o estressse!
O estresse é um importante fator de risco para transtorno psiquiátrico, incluindo transtorno depressivo maior (TDM). Gera inflamação pois aumenta a liberação de DAMPs (padrões moleculares associados a danos) que ativam no cérebro receptores que o levam a crer que está em perigo constante. Por isso, estratégias para redução de estresse são fundamentais. Recomendo fortemente a prática de atividade física e yoga para reduzir estresse e liberação de DAMPs.