São compostos extranutricionais que geralmente ocorrem em pequenas quantidades nos alimentos. É crucial entender os alimentos não apenas como fonte de energia e nutrientes básicos, cruciais para a vida e o desenvolvimento do organismo, mas também como o fator que influencia a saúde/doença, mecanismos bioquímicos e ativação de vias bioquímicas.
Estes compostos são, assim, estudados por seus efeitos benéficos potenciais na promoção da saúde humana e devem ser consumidos preferencialmente por meio da alimentação habitual, especialmente pelo consumo de frutas, verduras e legumes. Os compostos bioativos dos alimentos podem variar nas suas estruturas químicas e funções e estão distribuídos em três grandes grupos:
polifenóis: estilbenos (resveratrol), lignanas, ácidos fenólicos, flavonóides (isoflavonas, flavonas, flavononas, antocianinas, flavonois e flavanóis)
glicosinolatos: indóis, tiocianatos, isotiocianatos
carotenóides: carotenos, xantofilas
Atuação dos compostos bioativos dos alimentos
Os componentes ou compostos bioativos da dieta podem transferir informações do ambiente externo e influenciar a expressão gênica na célula e, portanto, a função de todo o organismo. Os componentes bioativos da dieta regulam a expressão gênica por meio de mudanças na estrutura da cromatina (incluindo metilação do DNA e modificação de histonas), RNA não codificante, ativação de fatores de transcrição por cascatas de sinalização ou ligação direta de ligantes aos receptores nucleares.
O padrão alimentar saudável é muito importante, pois vai sinalizar às células como devem se comportar. Mas isso não acontece de um dia para outro. Assim como demoramos para entender os caminhos e rotas quando viajamos para uma cidade nova, as células também precisam de tempo para que a ativação de genes gere respostas benéficas.