Fiz minha primeira aula de yoga quando engravidei, há mais de 20 anos. Foi um amor instantâneo. Foram 9 meses maravilhosos, substituídos pela chegada de uma bebê muito amada.
Só voltei a uma sala de yoga 10 anos depois. Ao chegar me senti em casa, achei tudo muito fácil, tudo muito natural. Parecia que meu corpo não havia esquecido nenhum ásana (postura corporal). Até a chegada do "momento da meditação". Impossível: meus pensamentos pulavam de um lado para o outro, meu corpo se mexia, meus olhos se abriam.
Na aula seguinte, voltava à sala feliz. Era tudo tão bom! Estava muito orgulhosa de mim mesma (que anti-yogini) até que fui “promovida” para uma turma intermediária. Não só descobri que achava a meditação incrivelmente difícil mas todas as posturas também.
Só que há uma coisa interessante com a prática de yoga e meditação. Vamos aprendendo a nos aceitar, vamos nos conhecendo melhor, nos julgamos menos. Passei muitos anos “praticando” e depois precisei novamente me afastar. Mas nesse momento uma coisa aconteceu, minha prática já era parte de mim. Não precisava ir à escola para meditar. Para me aprofundar, anos atrás participei da formação de instrutores da Ceres Moura, o que serviu para sedimentar ainda mais estes conhecimentos e a vontade de crescer e de me tornar um ser humano melhor em todos os sentidos.
A vida muda constantemente e vamos nos adaptando. Hoje estou morando em Boston, terminando meu doutorado sanduíche em Harvard. Quando cheguei aqui procurei escolas de yoga mas acabei optando por praticar em casa. O yoga me acompanhou durante todos esses meses e me ajudou a relaxar, a lidar com o estresse, a dormir bem…
Às vezes pratico por apenas 10 minutos, às vezes por 2 horas. Aprendi a ouvir o que meu corpo e minha mente precisam a cada dia. Quando falta inspiração, busco algum vídeo de yoga no YouTube ou no site Gaiam. Os vídeos são muito democráticos, yoga de todos os estilos, para todos os níveis. Praticar em casa é ótimo, você adapta a prática como quer, fecha os olhos e vai. Sua idade, sua condição física e suas roupas não importam.
Para mim é uma escolha, uma forma de me presentear. É um momento só meu em que faço algo que me faz bem. Sempre, invariavelmente, estou me sentindo melhor ao final em relação ao início. Poderia também relaxar tomando uma taça de vinho ou comendo chocolates. Às vezes acontece, por quê não? Mas o resultado final não costuma ser o mesmo...
Se você já faz yoga compartilhe sua experiência. Se ainda não experimentou te convido a tentar. Se já fez e não gostou, talvez não estivesse no momento certo, na sala certa, com o professor certo, no método mais adequado a você. Tente de novo e me conte como foi.